66 | edição nº<strong>114</strong> | Ago | 2011 |Multimo<strong>da</strong>llogísticas, porém, a maior preocupação seconcentra na indisponibili<strong>da</strong>de deinfraestruturas de transportes que comportemtamanha deman<strong>da</strong>.”Valim prossegue: as estra<strong>da</strong>s estão empéssimas condições, refletindo em fretescaríssimos, comparados aos padrões internacionais;os portos também refletem a falta deinvestimentos; o transporte ferroviário, depoisde anos sem investimentos, já esta comcapaci<strong>da</strong>de insuficiente e limita<strong>da</strong>; e acabotagem está em fase inicial no Brasil.O gerente de logística <strong>da</strong> Randon destacaque o setor necessita urgentemente deinvestimentos pesados, ou enfrentaremosnovamente o apagão logístico vivido nopassado. E o investimento neste setor éimprescindível para a competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>indústria brasileira.pedágios. Os portos estãooperando muito próximos de suacapaci<strong>da</strong>de limite, não sendoágeis em suas movimentaçõesde carregamentos e descarregamentoscomparados com portosde vários outros países, além denão oferecerem calado paraatracação de embarcações demaior porte.Após esta exposição, ogerente <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Caxiasdo Sul <strong>da</strong> Eichenberg e Transeichdiz que a solução passa por maisinvestimentos em infraestrutura euma maior pressão <strong>da</strong> classeempresarial para que estesinvestimentos sejam efetuadoscom urgência. “Estamos defasados.Os produtos brasileiros sãocompetitivos até ser concluí<strong>da</strong> asua fabricação: a partir <strong>da</strong>iperdem muito de sua competitivi<strong>da</strong>dedevido a uma matrizlogística que está marca<strong>da</strong> pelafalta de eficiência em suasoperações. Vale ressaltar queesta falta de eficiência nãoocorre por não haver prestadoresde serviços competentes, mas,sim, por uma carga tributáriaeleva<strong>da</strong> e uma infraestruturahistoricamente defasa<strong>da</strong>,agregando, assim, um altocusto logístico ao produto”,<strong>completa</strong> Pereira.“Os maiores problemasestão no transporte de matéria-EmbarcadorRandon:logística tem altarepresentantivi<strong>da</strong>deno custo finaldo açoO segmento metalmecânico dependemuito <strong>da</strong> logística, a qual passa a ser o fatorprimordial para sobrevivência do mercado,<strong>da</strong>do a sua representativi<strong>da</strong>de no custo finaldo aço.Ain<strong>da</strong> segundo José Edinilson Valim,gerente de logística <strong>da</strong> Randon Implementose Participações (Fone: 0800 512.158), alogística neste segmento, compara<strong>da</strong> aospadrões internacionais e com a sua evoluçãopara o conceito de Supply Chain, depende,basicamente, de inteligência, tecnologias deinformação e comunicação, estratégias deestocagem e distribuição, bem como dedisponibili<strong>da</strong>de de infraestrutura detransportes, o que impacta diretamente noabastecimento e escoamento <strong>da</strong> produção.“O primeiro fator está sob o controleempresarial: a siderurgia nacional temdemonstrado capaci<strong>da</strong>de de acompanhar astendências internacionais, buscando amodernização com técnicas e práticasFoto: Magrão ScalcoProblemasEle também destaca que, devido aos altoscustos absorvidos pelas empresas de logística,um dos primeiros problemas do setor é opróprio custo envolvido nas operações deabastecimento e escoamento.Não se detendo somente a preços altos,mas, também, à ineficiência do sistema, omercado brasileiro não acompanha as práticasmundiais de Suplly Chain, e o próprio bairrismoe a falta de investimentos refletem em per<strong>da</strong>sprodutivas incalculáveis. “Nosso sistema dedistribuição está sobrecarregado, em algunsmomentos as usinas possuem o materialpronto e os mesmos não chegam até as nossasempresas por falta de caminhões, ou atémesmo por falta de motoristas. Além disso, aestrutura logística está concentra<strong>da</strong> na regiãoSudeste, que acaba sendo a que atrai amaioria dos investimentos logísticos, enquantoa região Sul sofre com a falta de infraestruturascompatíveis com o exigente e dinâmicomercado consumidor”, avalia Valim.E <strong>completa</strong>: “na medi<strong>da</strong> do possível,nossos transportadores e operadores acabamabsorvendo estas deman<strong>da</strong>s em termosquantitativos e financeiros, o que acarreta noaumento de custos que nem sempre é integralmenterepassado à cadeia, o que resulta emper<strong>da</strong> <strong>da</strong> rentabili<strong>da</strong>de e descapitalização efalta <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de investimentos”.O gerente de logísica <strong>da</strong> Randon finalizarelacionando as tendências em logística nossegmentos de siderurgia e metalurgia: operarem condomínios logísticos e com estoquesavançados, utilização de veículos especificamentepara o transporte de aço, buscar apadronização de componentes e matériasprimas,trabalhar em alta escala, maximizar asparcerias logísticas com operadores regionais eterceirizar operações de baixo valor agregado.
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