76 | edição nº<strong>114</strong> | Ago | 2011 |Multimo<strong>da</strong>l76 | edição nº<strong>114</strong> | Ago | 2011 |Multimo<strong>da</strong>lMarítimoEstaleiro Eisa constróinavio bauxiteiro paraa Log-InApós lançar dois navios <strong>da</strong> Log-In, oJacarandá e o Jatobá, o EstaleiroIlha – Eisa, localizado no Rio deJaneiro, RJ, deu início à construção docasco 509, um bauxiteiro de 245 metrosde comprimento com capaci<strong>da</strong>de dearmazenamento de 80.100 TPB debauxita, especialmente desenvolvidopara o transporte deste produto.Segundo o engenheiro mecânicochefe, Nilson Pernasete, o navio estarápronto em dezembro de 2011 e aentrega será feita depois de realizadostodos os testes de equipamentos, <strong>da</strong>parte elétrica e mecânica.A Log-In já iniciou o transporte debauxita a granel para a Alunorte, queprevê a movimentação de seis milhõesde tonela<strong>da</strong>s de minério de bauxita agranel por ano, com take or pay para90% desse volume, por um período de25 anos.O navio Castillo de Montalbancarregou 58 mil tonela<strong>da</strong>s de bauxita doPorto de Trombetas ao Porto de Vila doConde, ambos no estado do Pará, naprimeira quinzena de janeiro último.O navio Castillo de Soutomaior tambémjá iniciou suas operações. As duasembarcações foram afreta<strong>da</strong>s <strong>da</strong>Empresa de Navegação Elcano.Até a entrega do casco 509, a Log-In fretará mais um navio <strong>da</strong> Elcano,ain<strong>da</strong> neste semestre, para atender àmovimentação de minério de bauxita <strong>da</strong>Alunorte.O Brasil conta com uma reserva debase de bauxita de 4.900.000 tonela<strong>da</strong>s,perdendo para a Austrália, com7.400.000 tonela<strong>da</strong>s, ficando a China emterceiro lugar, com 2.000.000 tonela<strong>da</strong>s.São necessárias aproxima<strong>da</strong>mente cincotonela<strong>da</strong>s para se finalizar uma tonela<strong>da</strong>de alumínio.Pernasete explica que a Log-Incontratou o Estaleiro Eisa para construirsete navios, sendo que o 504 já foientregue. O 505 foi lançado ao mar eestá em fase de acabamento.A construção do 506 foi inicia<strong>da</strong>, masacabou interrompi<strong>da</strong> porque a Log-Inteve a necessi<strong>da</strong>de do 509, que ébauxiteiro, bem maior que o 506. Porsua vez, os navios do número 504 ao508 são portacontêineres. Vale lembrarque os números se referem à umaordem de construção.Detalhes <strong>da</strong>embarcaçãoO casco 509 possui 355 blocosmontados no total, 141 cavernas, pontalmol<strong>da</strong>do com 17,6 metros, 11,58 metrosde calado de projeto, 40 metros deboca, arqueação bruta aproxima<strong>da</strong> de49.500 e peso total (estrutura) de13.000 tonela<strong>da</strong>s. Comporta 20 tripulantes,do coman<strong>da</strong>nte ao taifeiro,podendo se estender a 36, incluindoarmador, prático e praticantes.Para gerar energia do 509, serãoinstalados no navio quatro conjuntos degeradores a diesel de 520 kW, mais umgrupo de geradores de 175 kW, queserá usado para emergência.A propulsão será feita por um motora diesel <strong>da</strong> Wartsila modelo 6RT-FLEX50-B, gerando uma potência máximacontínua de 13.540 BHP métrico(9960 kW), a 124 RPM. O motor principalqueimará o óleo combustível com umaviscosi<strong>da</strong>de de até 600 CST a 50 graus.A veloci<strong>da</strong>de será de 14,0 nós comcasco e hélice novos e limpos, nascondições de tempo e mar não maisque dois <strong>da</strong> escala Beaufort, semcorrente e com o motor principaldesenvolvendo a potência de11.600 BHP métrico (8532 kW).Considerando uma veloci<strong>da</strong>de de14,0 nós, 98% <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de dostanques, 3 dias de reserva e consumode combustível do motor principaloperando a 11.600 BHP métrico(8532 kW), a autonomia total deverá serde aproxima<strong>da</strong>mente 14.000 milhasnáuticas. ●
| edição nº<strong>114</strong> | Ago | 2011 |77Negócio FechadoALL e Ouro Verde firmamparceria para criação <strong>da</strong>Ritmo LogísticaAALL - América Latina Logística (Fone:0800 701.22.55), empresa de logísticacom base ferroviária, e a Ouro VerdeTransporte (Fone: 41 3239.7000), especializa<strong>da</strong>em soluções logísticas integra<strong>da</strong>s e terceirizaçãode frotas para a América do Sul,firmaram um acordo operacional para a fusãode suas uni<strong>da</strong>des de transporte rodoviário,<strong>da</strong>ndo origem à Ritmo Logística.A nova empresa nasce com uma gestãoprópria e foco na operação rodoviária, paraatender um mercado com grandes oportuni<strong>da</strong>desde crescimento no segmentointermo<strong>da</strong>l, principalmente no agronegócio, eem operações dedica<strong>da</strong>s e de produtos dealto valor agregado. A empresa terá capitalformado 65% pela ALL e 35% pela OuroVerde.“A criação <strong>da</strong> Ritmo Logística, emparceria com a Ouro Verde, gera umaempresa com foco rodoviário e capaz deatender com eficiência um grande mercadoem expansão no Brasil”, revela Paulo Basílio,presidente <strong>da</strong> ALL. O negócio rodoviário <strong>da</strong>ALL representa cerca de 3% <strong>da</strong> receita e temfoco de gestão diferente do core business <strong>da</strong>companhia, que é a logística ferroviária,considera<strong>da</strong> de larga escala, para a movimentaçãode grandes volumes a maioresdistâncias.Para a Ouro Verde, a nova empresapoderá oferecer soluções em logísticarodoviária, fazendo a interligaçãoentre a rodovia e a ferroviaO negócio rodoviário <strong>da</strong> ALLrespresenta cerca de 3% <strong>da</strong> receitae tem foco de gestão diferente docore business <strong>da</strong> companhiaPara a Ouro Verde, “a nova empresapoderá oferecer soluções em logísticarodoviária, fazendo a interligação entre arodovia e a ferrovia” afirma o diretorKarlis Kruklis.A Ritmo Logística nasce com umaequipe de 720 colaboradores, receita deaproxima<strong>da</strong>mente R$ 300 milhões e umabase de clientes nos mais diversossegmentos, como Bayer, Guardian, GM,Iveco, White Martins, AmBev, Nestlé,Heineken, Peróxidos e Kraft Foods, alémde uma frota de ativos com 224 cavalosmecânicos e 474 carretas, entre bi-trens,rodotrens, siders, tanques e basculantes.A empresa espera atender os setores deagronegócio, minério e combustível e,também, crescer nos segmentos de bensde consumo, automotivo, químico evidros. “Nosso foco é ser o provedor desoluções logísticas diferencia<strong>da</strong>s, dequali<strong>da</strong>de e custo competitivo para osnossos clientes, com operaçõesdedica<strong>da</strong>s e atuando num mercadopotencial de 40 milhões de tonela<strong>da</strong>s noentorno <strong>da</strong> ferrovia”, revela MarceloMokayad, diretor presidente <strong>da</strong> RitmoLogística.Para a diretora de logísticaintermo<strong>da</strong>l, Michelli Vanessa Kultchek, epara o diretor de logística rodoviária,Sergio Hiloaki Ilha, ambos <strong>da</strong> RitmoLogística, a empresa espera crescer emum ritmo muito agressivo nos próximoscinco anos. ●