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| edição nº<strong>114</strong> | Ago | 2011 |71prima, assim como no escoamentode produto acabado”, complementa,Hermano, <strong>da</strong> Lamounier,dizendo que as soluções passampor melhoria de estra<strong>da</strong>s, reduçãodos custos inerentes aotransporte e formação de mãode obra adequa<strong>da</strong>.Por sua vez, Lisboa, <strong>da</strong>Martins, diz que o que existemsão problemas logísticos: morosi<strong>da</strong>delogística nos clientes(demora para carga e descarga),alta exigência do nível deserviços e dificul<strong>da</strong>de de compatibili<strong>da</strong>dede cargas e consequenteprodução dos veículos.Ain<strong>da</strong> segundo o assessor dediretoria, ca<strong>da</strong> empresa detransporte cria mecanismos(sejam tecnológicos ou a nívelde equipamentos) para suprir asdificul<strong>da</strong>des encontra<strong>da</strong>s eaumentar a produtivi<strong>da</strong>de de suafrota, melhorando seusresultados.Para Fagundes, <strong>da</strong> Linkers, omaior problema é casar a produçãocom a deman<strong>da</strong>, o que exigeum planejamento constante.Enquanto isso, Salomão, <strong>da</strong>Renascer, aponta como problemaa dependência de preços estabelecidospelas usinas siderúrgicasdo aço, o que muitas vezescongela as ven<strong>da</strong>s e faz o setordiminuir muito o seu ritmo deven<strong>da</strong>. “A solução envolve aconcorrência entre as usinas eacabar com o oligopólio queexiste atualmente.”Jacinto, <strong>da</strong> SAGLOG,observa que a insegurança nasestra<strong>da</strong>s e o alto índice de roubode cargas também são problemasenfrentados nos doissetores, sendo que a soluçãopassa pelo poder público, nosentido de “se preocupar umpouco mais com o transporte e alogística no quesito segurança e,ao invés de criar tantas tecnologiaspara multas, criar umatecnologia e um banco de <strong>da</strong>dos anível nacional para deter o roubode carga e caminhões”.Cruz, <strong>da</strong> Transmagna, jáaponta como problema adificul<strong>da</strong>de no manuseio e naarmazenagem do produto, poisraramente se oferece embalagemadequa<strong>da</strong> a esta ativi<strong>da</strong>de.“Estes produtos podem e devemser embarcados em canais especializados,onde as carretasabertas, movimentações portalhas e empilhadeiras equipa<strong>da</strong>spara este fim e racksmol<strong>da</strong>dos à necessi<strong>da</strong>de doproduto em questão sãoamplamente aplicados.”Loureiro, <strong>da</strong> Excelsior, tambémlista os problemas logísticosenfrentados nos setores desiderurgia e metalurgia: concentraçãode volume, tempo decarga e tempo de descarga altonos clientes. “A solução passapor uma maior integração entreembarcadores, prestadores deserviços de transporte e clientese contratos onde se permita uminvestimento com contratoguar<strong>da</strong>-chuva.Para o gerente comercial <strong>da</strong>JSL, os principais desafioslogísticos <strong>da</strong> indústria desiderurgia e metalurgia no paíspassam pela localização <strong>da</strong>splantas de produção, normalmentedistantes do mercadoconsumidor, e pela baixa ofertade mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des, como ferrovia,cabotagem e hidrovia, determinandoa concentração <strong>da</strong>soperações em um mo<strong>da</strong>l de maisalto custo, a rodovia. “Todos osdesafios do setor estimulam acriação de soluções logísticasmais ajusta<strong>da</strong>s, como o crossdocking,a utiização de hubs e ofracionamento <strong>da</strong> distribuição, jámencionados, além de parceriasmais sóli<strong>da</strong>s com operadoreslogísticos que permitam agregarmaior flexibili<strong>da</strong>de às operaçõese garantir a competitivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>indústria frente ao cenário deimportações. A melhoria e odesenvolvimento dos mo<strong>da</strong>isferroviário, hidroviário e <strong>da</strong>cabotagem contribuiriam paramelhorar a oferta de soluçõesque agreguem diferencialcompetitivo para o setor”,<strong>completa</strong> Rabelo. ●