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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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Ouviu-se dai a pouco uma praga do vice-rei, e em seguida prolongadosilbncio.0 Con<strong>de</strong> da Cunha ouvira o andncio <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> crime pdblico e sopitarasua ira, lera o nome <strong>de</strong> JerBnimo Ll<strong>rio</strong>, e se lem<strong>br</strong>ara <strong>de</strong> que esse homemera reputado um dos negociantes mais respeitaveis da praqa e um dos homensmais honrados e venerandos da cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro: esse nome, aquem se a<strong>br</strong>iram todas as portas, n b achou fechada a do vice-rei.JerBnimo Li<strong>rio</strong> foi introduzido em uma sala particular do Con<strong>de</strong> daCunha, que o recebeu e o ouviu <strong>de</strong> p6.A sala estava ma1 esclarecida por uma dnica luz. 0 Con<strong>de</strong> da Cunhanos fracos raios <strong>de</strong>ssa flama se mostrou a JerBnimo Li<strong>rio</strong> que avanqou compasso firme, em p6, com a mZo esquerda apoiada na ilharga, alto, phlido, ecom a fronte severamente enrugada.- Por que me incomoda a esta hora? perguntou.- Porque a minha honra foi incomodada, senhor, respon<strong>de</strong>u com firmezaJerBnimo.- A sua honra. . .- Afrontada hoje por or<strong>de</strong>m do vice-rei, nZo po<strong>de</strong> esperar at6- NZo o entendo. . . anunciava-se um crime pdblico. . .- E o meu: o vice-rei me <strong>de</strong>clarou atroz criminoso; vim pedir o meucastigo. . .- 0 vice-rei sou eu; quaesta dizendo?- Joguei hoje o entrudo com minha mulher, minhas filhas e dois h6spe<strong>de</strong>sno inte<strong>rio</strong>r da minha casa na chacara que possuo na Gamboa.- Que tenho eu com isso? Man<strong>de</strong>i proibir o entrudo: 6 claro que oproibi nas ruas; que me importam as loucuras ou os folguedos do inte<strong>rio</strong>r dasua casa?JerBnimo Ll<strong>rio</strong> entregou a carta que havia recebido ao Con<strong>de</strong> da Cunhaque, chegando-se a luz, leu com enregelada aparbncia <strong>de</strong> serenida<strong>de</strong> as or<strong>de</strong>nse as ameaqas passadas em seu nome.- Exageraqzo <strong>de</strong> zelo muito IouvAvel, disse ele, restituindo a carta.- Vinha <strong>de</strong>ntro este bilhete, tornou JerBnimo, entregando a pequenatira <strong>de</strong> papel.0 vice-rei leu <strong>de</strong>z vezes o bilhete, examinou o papel do bilhete com oda carta, passeou ao longo da sala, meditando, e vindo parar <strong>de</strong> shbito diante<strong>de</strong> JerBnimo, disse-lhe:- Explique o fato ou a intriga, como os enten<strong>de</strong>.JerBnimo estremeceu <strong>de</strong> raiva.-. Fale, or<strong>de</strong>no-lhe que fale, tornou o vice-rei.- Senhor Vice-Rei, eu fui intimado para vir explicar um fato passadoem minha casa e <strong>de</strong>clarado crime revoltoso; corria a confessar o fato que B

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