13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

esistir a Maria; o licenciado nZo ousara resistir ao vice-rei.Mas, receoso das conseqiisncias do interrogato<strong>rio</strong> miste<strong>rio</strong>sofeito pelo mudo, o licenciado foi ver outra vez o doente: a fe<strong>br</strong>e aumentaraum pouco e com ela as dores e a agitacgo.- A tal conversa Ihe foi nociva, disse o prhtico; espero, porbm,que ha <strong>de</strong> amanhecer melhor; vou receitar-lhe um calmante po<strong>de</strong>roso. . .ClBlio hias sacudiu a cabeca em sinal <strong>de</strong> incredulida<strong>de</strong>.- lsso 6 medo <strong>de</strong> velho. . .- AmanhZ receberei os sagrados socorros e a extrema-un~b,murmurou o doente.- I! o seu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> catblico.- E suave consolacgo e conforto <strong>de</strong> rninha alma <strong>de</strong> usura<strong>rio</strong> epecador arrependido. . .- Esth bem; <strong>de</strong>scanse.- NSo; B precis0 que eu Ihe fale: Sr. Licenciado, tenho mais <strong>de</strong>setenta anos; o mundo e a vida jh me cansam.- Conversaremos amanhg. . .- Amanha" po<strong>de</strong> ser tar<strong>de</strong>. Sr. Licenciado, seja franco: tenho negbciosa arranjar, disposifles a tomar; se ainda espera salvar-me e esses cuidadospo<strong>de</strong>m contraria-lo, estou pronto a adia-10s; se, pelo contrh<strong>rio</strong>. . .0 licenciado cortou a palavra-ao doente e respon<strong>de</strong>u-lhe:- 0 seu estado 6 grave; ainda tenho esperanps <strong>de</strong> vencer estafe<strong>br</strong>e maldita que o <strong>de</strong>vora; mas quer me parecer que a preocupacgo dosarranjos dos seus neg6cios B ainda pior do que sera a fadiga e a excita~b dotrabalho que vai ter; <strong>de</strong>scanse, pois, duas horas, tome <strong>de</strong>pois as suas disposi-~Bes, e <strong>de</strong>ixe o resto por minha conta.Cl6lio hias compreen<strong>de</strong>u perfeitamente a verda<strong>de</strong>ira significa~bdas palavras do licenciado, e sem corno@o e sem tremer, disse:- Agra<strong>de</strong>co-lhe a verda<strong>de</strong>.E fechou os olhos como para dormir.0 licenciado receitou e <strong>de</strong>spediu-se <strong>de</strong> Emiliana e da velha.Meia hora <strong>de</strong>pois, Cl6lio hias a<strong>br</strong>iu os olhos e viu sentada a seusp8s a <strong>de</strong>dicada enfermeira.- Venha sentar-se aqui, disse-lhe, mostrando uma ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> pauque estava junto da cabeceira.A m q obe<strong>de</strong>cgu e ele tomou-lhe uma das m3os. e falou cornansieda<strong>de</strong> que en8rgicodominava.- Erniliana! Devo-lhe muito nestes dias, e vou morrer, apesardos seuscuidados <strong>de</strong> filha <strong>de</strong>dicada. Veja em mim seu pai, e creia que vaiconfessar-se a um moribundo; mas confesse-se. . .Emiliana estremeceu.- Faltam-me as forps. . . pa<strong>de</strong>go muito. . . n b me fatigue: fale,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!