13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

- Asseguram-me que sou bonita e sei que sou moca: ora asmoGas que sa"o bonitas tbm o direito do capricho e at6 do abuso: na"o 6 insultoque irrogo; 6 experisncia que proponho ao banqueiro: a sua fortbna na"oIhe vem dos <strong>de</strong>dos, oh, na"o! Vem-lhe do simples acaso. Pois bem! Continuea ser banqueiro; mas entregue o baralho a algubm, que carteie por ele.- Um homem na"o me faria tal proposica"~! observou Ange~o,perturbando-se.- Mas, respon<strong>de</strong>u Maria com acento col6ric0, sendo uma mulherque a faz, a negativa do banqueiro autorizaria as suspeitas <strong>de</strong> qualquerhomem.E acrescentou logo <strong>de</strong>pois:- Senhor Wngelo, a sua felicida<strong>de</strong> e extraordinariamente prodigiosa:conv6m-nos experiments-la ainda nesse mesmo baralho fora <strong>de</strong> suasma"os.0s jogadores e entre eles alguns oficiais militares apoiaram vivamentea inju<strong>rio</strong>sa proposiqa"~ da bela e audaz cortesa" que com olhos radiantes<strong>de</strong> fog0 sinistro <strong>de</strong>vorava o rosto do banqueiro <strong>de</strong>sobediente.Angela teve medo, baralhou as cartas, <strong>de</strong>u-as a partir, e entregouasao capitgo que se sentara a seu lado, o que nb quisera jogar.- Volte-as o senhor, disse com raiva abafada.- Baralhe-as <strong>de</strong> novo, e db doutra vez a partir, disse tambbmMaria ao capita"^.Baralhadas e partidas novamente, o capitgo comeqou a cartear<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> feitas as paradas.Angela pela falta do baralho tinha perdido o dominio das cartas,e pelo insult0 que Ihe fizera Maria, a placi<strong>de</strong>z que apadrinha o tino; per<strong>de</strong>usucessivamente cinco paradas, ganhou a sexta e setima, e tornou a per<strong>de</strong>rseguidamente seis vezes antes <strong>de</strong> ganhar uma vez. A cartada custou aobanqueiro a terp parte dos seus lucros.- Duas cartadas ainda, e ele per<strong>de</strong>ri5 a sua dltima moeda <strong>de</strong>ouro, exclamou Maria a rir.- Eia pois! <strong>br</strong>adou Angela fora <strong>de</strong> si, e sujeitando-se ainda Baviltadora experibncia.A profecia da bela cortesa" realizou-se: Wngelo viu todo o seu dinheiropassar 8s msos dos jogadores, <strong>de</strong> cuja confianp e lealda<strong>de</strong> havia indignamenteabusado. A fortuna <strong>de</strong> Maria, e a sua pr6pria perturbaqa"~tinham sido os instrumentos <strong>de</strong> um castigo provi<strong>de</strong>ncial.Angelo ~evantou-se confuso:- Conto em <strong>br</strong>eve com a minha <strong>de</strong>sforra, disse ele.Maria tinha jB <strong>de</strong>ixado a sala do jogo, que alias continuou sempreanimado.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!