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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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JerBnimo ficou um pouco confuso.- Respondo pelas meninas, repetiu a piedosa e digna senhora; evou mandar preparar o gabinete.A senhora Ink retirou-se, e JerBnimo, levantando a cabqa e cravandoos olhos no du, disse em voz alta sumida, mas lanpada no corapb.- Santlssima Virgern Ma"e <strong>de</strong> Deus! Esta o<strong>br</strong>a <strong>de</strong> miseric6rdiaque vou fazer recaia toda por vossa po<strong>de</strong>rosa intercessa"~ em proveito daminha inocente Ink, em favor e <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> cuja virtu<strong>de</strong> e canida<strong>de</strong> peqo ereclamo a protecb divina.E tendo-se persignado, JerBnimo <strong>de</strong>ixou a janela, foi a sua secrethria,escreveu <strong>br</strong>evlssima carta que fechou e selou, dirigindo-se i mulher<strong>de</strong> mantilha:- A senhora fica conosco, disse-the; <strong>de</strong>spache a ca<strong>de</strong>irinha, e d6esta carta ao escravo que a acompanhou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o lugar don<strong>de</strong> veio para acida<strong>de</strong>.A mulher <strong>de</strong> mantilha levantou-se, avanvou um passo para ovelho, beijou-lhe com ardor a mgo, que Ihe dava a carta e foi <strong>de</strong>spachar aca<strong>de</strong>irinha e o criado.JerBnimo ficou por momentos a d s com AntBnio, e olhandopara ele corou, e sorriu-se.Des<strong>de</strong> a leitura da carta trazida pela mulher <strong>de</strong> mantilha, JerBnimotinha esquecido completamente a presenp <strong>de</strong> AntBnio e a singularaposta que fizera; mas ao ofha-lo, <strong>de</strong> sirbito lem<strong>br</strong>ou-se da conversacfioqua tivera, dos princlpios <strong>de</strong> obedisncia severa que sustentara e do imediato<strong>de</strong>smentido que dava contradit6<strong>rio</strong> Aqueles mesmos principios: corou pororgulho, sorriu-se por amiza<strong>de</strong>.A mulher <strong>de</strong> mantilha voltou antes que os dois velhos amigos tivessemtrocado palavras; logo <strong>de</strong>pois a senhora Inls tornou sala, e veio tomarconta da asilada a quem convidou para segui-la ao aposento que Ihe <strong>de</strong>stinava.Quando ambas iam sair, JerBnimo disse B mulher <strong>de</strong> mantilha,mostrando-lhe AntBnio:- Minha lealda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-lhe uma prevenpa"~: este velho 6 o meuprimeiro amigo; com ele nb tenho reservas posslveis; o nosso seQredo seratambbm <strong>de</strong>le, que em minha falta Ihe servira <strong>de</strong> protetor ainda melhor.A mulher <strong>de</strong> mantilha aproximou-se <strong>de</strong> AntBnio, e tomando-lhea mk, beijou-a, como tinha beijado a ma"o <strong>de</strong> JerBnimo.A senhora In&s levou consigo a mulher <strong>de</strong> mantilha.Jeranimo voltou-se entfio para AntBnio, e <strong>de</strong>u-lhe a carta quehavia recebido. e qlle este sem hesita~so tomou e leu para si<strong>de</strong> princlpio afim..

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