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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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- Bem te dizia eu! disse AntBnio, restituindo a carta.- Sim; mas, tu o vbs, era imposslvel que eu resistisse! Quem meescreve B um amigo, um dos meus melhores fregueses, estabetecido na vilao~ulenta <strong>de</strong> Santo AntBnio <strong>de</strong> Sh;tudo isso 6 o menos; nota porem: umpo<strong>br</strong>e casal tem uma bela e honestissima filha, e um filho rico <strong>de</strong> inteligbncia,que ali nas aulas dos fra<strong>de</strong>s franciscanos, que o estimam e <strong>de</strong>le se apo<strong>de</strong>ram,faz prodlgios e tem o infortlinio <strong>de</strong> superar, <strong>de</strong> tornar invisivel o ru<strong>de</strong> e<strong>br</strong>onco filho mais novo do capitgo-mor do distrito, que por isso o aborrece;ainda pior: o filho mais velho do capitgo-mor tenta seduzir a bela filha dopo<strong>br</strong>e casal e repelido por ela chega a ameaqar os pais; essa menina, AntBnio,chama-se Inb, tem o mesmo nome <strong>de</strong> minha filha, quase a mesma <strong>de</strong>sdita datua afilhada, a diferenq linica B que eu sou rico, e que a outra lnbs 6 filha<strong>de</strong> pais po<strong>br</strong>es; perseguiqb infame! Ao menino mais talentoso do que o estlipidofilho do capitb-mor, ao filho linico e esperancoso <strong>de</strong> mlsera famlliamarca-se e procura-se para soldado recrutado, e a linda donzela <strong>de</strong>svalida esem fortuna atropela-se, armam-se ciladas, e maquinam-se viol6ncias para osgozos impuros do filho mais velho do senhor capitgo-mor!. . . Esta donzelatambbm se chama Inbs, AntBnio! Que coinciddncia nos tormentos quesofro!. . .- Ainda bem que veio ao caso a coinciddncia.- Dize, pois, que podia, que me cumpria fazer?. . . Das duasvltimas <strong>de</strong> atroz perseguick, uma me chega recomendada por bom amigo,por homem honrado e incapaz <strong>de</strong> mentir; que <strong>de</strong>veria eu fazer? dize-o peloamor <strong>de</strong> Deus!- Devias fazer o que fizeste, JerBnimo.- Portanto eu errava ainda ha pouco, quando conversava contigo;nb hh principios absolutos na vida humana. A minha vaida<strong>de</strong> foi castigada:no mesmo dia, na mesma hora fiz o contra<strong>rio</strong> do que assegurava ejurava fazer!. . .AntBnio comqou a rir.- Guloso, exclamou JerBnimo; n50 me comeras o peixe <strong>de</strong> quaresmaem quatro domingos, sou eu, minha mulher, as meninas e esta miste<strong>rio</strong>sasenhora <strong>de</strong> mantilha que havemos <strong>de</strong> <strong>de</strong>vorar a tua ceia na noite da serrackda velha.- Confessas que per<strong>de</strong>ste a aposta?- E claro: apronta-nos boa ceia.- Fica a meu cuidado; agora experimentemos, se e possivel quehoje nos <strong>de</strong>ixem jogar o gamgo.0s dois velhos amigos tomaram <strong>de</strong> novo o tabuleiro do gamgo eor<strong>de</strong>naram as pedras que se tinham <strong>de</strong>sarranjado.

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