/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

Por rnais ativos que fossern os trabalhos da reconstruck da casade Marcos Fulgiincio ordenada pelo Conde da Cunha e a custa do seu bolsinho,em cerca de vinte dias estava apenas adiantada, mas ainda urn poucolonge de terrninacb das obras.Marcos Ful@ncio e Fernanda estavarn rnorando corn sua filha napequena casa que fora de seu rnarido, e que ela na"o quisera deixar, ernborarnuito rica se achasse.Erniliana lirnitara-se a rnandar lirnpar a casa e a orn8-la corn extrernasirnplicidade; rnuito recente era a afronta de que fora vltirna, e aindana"o podia pensar nos gozos de urna vida brilhante que Ihe proporcionava afortuna.A filha do carpinteiro tinha o coraca"o cheio de bdio, aspiravavingar-se do seu algoz; mas devorava em sil6ncio as lernbrancas da afronta;porque seu pai ignorava a sua desonra, e ela sabia de quanto era capaz MarcosFulgiincio, t% pobre corno honesto, e ta"~ respeitador dos preceitos damoral e da religib, corno zeloso at6 o extremo da reputacb de sua farnllia.Erniliana, apesar de vi4va e portanto emancipada, tinha rnedodo furor de Marcos Fulgiincio.Na noite da serracb da velha, as oito horas pouco rnais ou rne-nos urna rnulher, trajando corn eleggncia, veio baterporta da casa da Ruado Parto, procurando Marcos Fulgiincio e foi recebida na sala, onde estavarno carpinteiro, Fernanda e a filha viQva.Erniliana estremeceu, reconhecendo Maria, que oferecendo arnb a Marcos FulgtZncio, disse-lhe:- Sua rnulher 15 urna santa, sua filha urna vltirna que se resigna, es6 o senhor 6 forte, e capaz de entender-se cornigo.-- Virgern Nossa Senhora! exclarnou Fernanda.Erniliana ficou muda e a trerner.0 carpinteiro disse: