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/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

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pouco o pescoco para o oficial, e com um leve movimento extensor dos 18-bios n50 lhe ofereceu, pediu-lhe um beijo.Alexandre Cardoso balbuciou sem conscidncia e com um tomrouquenho:- Eduvirges 6 mais bela que Maria.E beijou tr6s vezes os libios <strong>de</strong> Eduvirges.Quando Alexandre Cardoso, Eduvirges e os dcios <strong>de</strong> orgia procuraramcom os olhos a formosa cortesa", acharam somente a mantilha negra,que ela <strong>de</strong>ixara esquecida, ou <strong>de</strong>sprezada no chzo.- Sabe que 6 aquela mantilha preta? perguntou um oficial aGonwlo Pereira.- Que 9?- E a mortalha em que se enterrou o amor <strong>de</strong> Alexandre Cardosoe Maria.0 oficial que vira na mantilha <strong>de</strong>ixada por Maria a mortalha doamor da cortesl e do ajudante oficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei, enganara-se com-pletamente.A liga~a"o <strong>de</strong> Alexandre Cardoso e Eduvirges acabara no fim <strong>de</strong>uma semana, e tb friamente, como se tivesse durado B for~a um seculo.Alexandre Cardoso, envergonhado da cena <strong>de</strong> em<strong>br</strong>iaguez emque se <strong>de</strong>ra em espetAculo, nb procurara dar <strong>de</strong>sculpas a Maria do seu escandalosoprocedimento. Em verda<strong>de</strong> ele nzo sentia mais a paix50 em que sea<strong>br</strong>asara pela espl6ndida cortesa"; esta porem o prendia pelo seu esplrito epelas aparbncias <strong>de</strong> comedimento, ostenta~b <strong>de</strong> luxo e <strong>de</strong> elegdncia, e <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>zas<strong>de</strong> fino trato com que co<strong>br</strong>ia <strong>de</strong> lavor as miserias do vicio.Saudoso <strong>de</strong> Maria, Alexandre Cardoso na"o p6<strong>de</strong> resistir B lem<strong>br</strong>an~ados seus encantos por mais <strong>de</strong> oito dias e receoso <strong>de</strong> justificdvel re-pulsa, nb ousou ir logo A casa da sua amante; escreveu-lhe, pois, um bilhetepouco mais ou menos assim concebido :"Maria - oito dias t6m me parecido oitenta anos: nb possomais. Um homem que se em<strong>br</strong>iaga uma vez na"o e bbbado; mas basta umahora <strong>de</strong> em<strong>br</strong>iaguez para enlouquecb-lo; preciso ajoelhar-me a teus mimososp6s e limpar neles os IBbios, que o sacril6gio nodoou. Maria! seris Mo santa quepossa perdoar-me?. . . - Alexandre."Uma hora <strong>de</strong>pois o ajudante oficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei recebeua seguinte resposta:"Alexandre - Vgnus perdoa a Baco. Vem - Maria."A mb <strong>de</strong> Maria tinha intencionalmente errado, escrevendo; emvez <strong>de</strong> Vdnus, a <strong>de</strong>usa dos compassivos amores, <strong>de</strong>veria ter escrito - Juno -a <strong>de</strong>usa das implacaveis vingan~as.

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