/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

Emiliana estava cumprindo zelosamente o seu dever de caridadee, primeiro prbmio de Deus, os cuidados incessantes que exigia o velho usurarioa faziam esquecer por vezes o seu inforthnio.Marcos Fulgbncio, que ia sempre melhor, nZo s6 aprovara a nobretarefa incumbida por Fernanda a sua filha, como ordenara que esta n3odesamparasse um s6 instante a Clklio fiias, e apenas, cauteloso e prudente,quisera que a velha tia de sua mulher fosse acompanhar Emiliana, que n3odevia ficar s6 em uma casa estranha.Cl6lio fiias se achava no estado mais perigoso: o descuido cornaue se deixara molhado at6 secarem-lhe as roupas no corpo, o sono dormidoao relento, a excita@o nervosa e o desespero que Ihe tinham causado asviol6ncias sofridas no entrudo e o roubo dos seus paphis, prepararam-lhe molhstiagravlssima.0 facultativo chamado era pritico, hibil, e desenvolvia cornenergia todos os recursos que os seus conhecimentos m6dicos e o livro magistralda experiencia de longos anos de cllnica punham B sua disposi~b;mas debalde lutava corn a morte, que parecia ter marcado a sua vltima.Clelio fiias, ardenda em febre e caldo em sono comatoso, pas-Sara quarenta e oito horas neae estado, que indicava pr6xima agonia; mas, Bluz do terceiro sol, a febre diminuiu, o sono horrlvel cessou, e dores atrozeso atormentaram; o facultativo concebeu algumas esperanCas de salvar odoente e continuou a luta corn a morte.Gemendo pelas/dores que sofria, abrasando-se na febre que seabatia sem cessar qk todo, durante breves horas, para agravar-se logo depois,banhando-se em riscoso suor, agitando-se no leito, e algumas vezes cldrando,Clklio hitts tinha sempre ao p6 de si Emiliana, que, paciente, delicada,compassiva, animadora, velava noite e dia cuidando dele como a filha maisextreposa.Muitos improvisados amigos ao saberem que o vdho usurgrio es-