13.07.2015 Views

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

/u~aluIrn Manuel de Macedo - rio.rj.gov.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

achavarn inocentes e ainda irnplurnes avezinhas; pensou logo em retirar-se,mas o oficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei avancou para ele, e foi apertar-lhe a rnbo.Nbo havia recurso possivel fora <strong>de</strong> cerirnonioso acolhirnento; ooficial-<strong>de</strong>-sala do vice-rei era a cabeca e o <strong>br</strong>aco do violento Con<strong>de</strong> da Cunha;a irnediata retirada <strong>de</strong> Jer6nirno po<strong>de</strong>ria parecer ofensa, e a ofensa n%o ficariairnpune; o anciao n%o teve sorrisos; mas sirnulou voluntaria tolerancia, recebendoos curnprirnentos do rnuito respeitoso oficial, que ousava jh dirigirO ~ ~ ar<strong>de</strong>ntes O S e cobicosos 8s duas rneninas, quando felizrnente para o zelosopai cornecou a ultirna parte da folganca publica.Dez vozes gritararn: - Motes! motes!. . .As freiras acudirarn ou ja estavarn 8s gra<strong>de</strong>s; urna <strong>de</strong>las disse cornvoz alta e argentina:- Deus no ber~o da hurnilda<strong>de</strong>.- Ou~arnos! exclarnou JerBnirno, puxando corn forca o <strong>br</strong>acodo oficial-<strong>de</strong>-sala; oucarnos! Eu aposto que e Mariano Antunes que vai irnprovisar.0 oficial-<strong>de</strong>-sala ce<strong>de</strong>u ao puxab e fingiu aten<strong>de</strong>r; Mariano Antunesou outro qualquer rnostrou-se na escada do tablado das dancas, e bateupalrnas.SilGncio geral. 0 poeta do outeiro irnprovisou:Enquanto os gran<strong>de</strong>s da terraOstentando vb no<strong>br</strong>eza, .Em vaida<strong>de</strong> sernpre acesaTrazern sernpre o rnundo em guerra;Enquanto as naqBes aterraDe cern reis a potesta<strong>de</strong>,A celeste majesta<strong>de</strong>Dos reis o orgulho fulrnina,Mostrando em liqb divinaDeus no ber~o da hurnilda<strong>de</strong>.A rnultidab batia palrnas ao poeta.- Que insolente, rnurrnurou o oficial-<strong>de</strong>-sala, pondo as rna"osno cop0 da espada; falar dos reis assim!. . .- Em cornpara& corn Deus. . . tolera-se, disse Jer6nirno.Subira ao tablado outro poeta, bateu palrnas, e logo disse emvoz altissonante.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!