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1 O INÍCIO DO SÉCULO - Feevale

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94Com a vitória dos aliados na guerra, o mundo ocidental passara a usufruir de grandebem-estar econômico. O consumismo invadia o cotidiano através da expansão dosbens de consumo como a televisão e o rádio, que difundiram o american way of life(VILLAÇA, 2007, p. 172).Como vimos nos capítulos anteriores, os EUA conseguem destacar-se por sua novaforma de fazer moda, pelo movimento jovem e pela modernização na indústria do vestuário,apresentando um grande contraste com a capital da moda européia:Enquanto Paris reassumia sua posição de líder mundial da alta costura, os EUAvangloriavam-se como os mais eficientes produtores de roupas prontas. Suas linhasde produção, pesquisa e desenvolvimento e o processo de varejo – que continuaram,relativamente ininterruptos, durante a guerra – voltaram a ter operações dinamizadase lucrativas (MENDES; HAYE, 2003, p. 145).A indústria norte-americana, por ser notável em seu sistema avançado, não se tornouapenas um grande concorrente de Paris, mas também um exemplo a ser seguido. Os EUApermitiam que as indústrias fossem analisadas e nos anos de 1947 e 1956, o país emitiurelatórios especialmente para os europeus com os dados da produção de roupa feminina.Porém, os estilistas norte-americanos relutavam contra as tendências de Paris. Porcompreender o estilo de vida nacional, sabiam que as roupas glamorosas da alta costura nãoatendiam as necessidades da mulher prática. Os norte-americanos também enxergam a modapara os teenager como um grande mercado de trabalho, e passam a desenvolver roupasespecíficas para esta faixa etária.Braga (2005) afirma que depois do término do conflito, a Europa cresceu eaperfeiçoou as indústrias de vestuário. E não só a França, mas também outros países, comoInglaterra e Itália. No momento em que Paris já havia retomado sua posição de destaque namoda, a Inglaterra tinha alcançado uma indústria bem desenvolvida, com um maquinárioaperfeiçoado para grandes produções. Entretanto, a Itália demoraria a recuperar-se dosgrandes estragos que sofreu com a Guerra.Na Inglaterra, para a produção das roupas utilitárias, eram exigidos rigorosos padrõesde qualidade e, com a grande quantidade de fardas que foram produzidas durante o conflito,aprimorou-se a indústria da confecção, sendo capaz de produzir rapidamente grandesvolumes. Esta indústria permanece em atividade depois do término da Guerra, conseguindoatender a grande demanda por vestuário do final da década de 50. “O quase-rompimentotemporário da ligação com Paris deu aos costureiros britânicos a oportunidade de expandir seumercado” (LAVER, 1989, p. 256). Assim, a Inglaterra começa aos poucos a desenvolver suaspróprias indústrias de moda.

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