37Oficinas do conhecimento. Escola do futuro do Museu <strong>das</strong> Comunicações.Museu está disponível para, em conjunto com os docentes e as escolas,interagir na concepção e partilha de ideias, que produzam actividadesajusta<strong>das</strong> aos programas e aos alunos.Deste modo, consideramos que ontem, tal como hoje, e na prospecçãode um futuro melhor, pelo acesso com sucesso à construção socialdo conhecimento pertinente, de usabilidade educativa ao longo da vida,o essencial, na interacção escola/museu – público-alvo escolar, estáfundamentado, alicerçado e consolidado nas e pelas preparaçõesprévias <strong>das</strong> visitas de estudo que se pretendem motivadoras, integra<strong>das</strong>e integradoras de transdisciplinaridades multiculturais conducentesa aprendizagens significativas e cooperativas em RAC – rede de aprendizagemcolaborativa.Ou seja, para preparar as actividades didáctico-pedagógicas, são realiza<strong>das</strong>sessões prévias, através <strong>das</strong> quais se pretende estreitar a relaçãoentre o professor e o museu, ir ao encontro do projecto formativo<strong>das</strong> escolas, do programa anual de actividades educativas e devisitas de estudo dos diferentes estabelecimentos de ensino.No entanto, no nosso entender, agora também, <strong>mais</strong> do que nunca,no planeamento e programação da intervenção pedagógica e/ouinteracção (in)formativa do serviço educativo, devemos questionarpara reflectir.Qual o papel sociocultural educativo dosmuseus de hoje?Neste sentido, consideramos necessário desenvolver uma atitude dereflexão constante; por exemplo, na conjuntura actual da educaçãopara, com e pela ciência, quando falamos de pedagogia/didáctica<strong>das</strong> ciências – acção educativa num museu de ciência e tecnologia –MCT, fala-se de como, com quem e de quê:> como profissionais sistematicamente reflexivos?> como responsáveis imersos e/ou emersos num/dum processoformativo?> como (re)conhecedores do conhecimento profissional docentena didáctica da construção de saberes autónomos relacionados?> com investigadores e/ou especialistas na acção de conceber/realizaractividades lúdico-participativas de forma rigorosa, críticae criativa?> com profissionais experimentados no acto comunicacional de praticaracções com alegria, encanto, harmonia, prazer...?> com instituições motiva<strong>das</strong> para o (des)envolvimento de parceriase pessoas capazes de partilhar projectos?> de como desenvolver e envolver pessoas com capacidades de promovercumplicidades em «crescimentos»?> de como proporcionar alternativas e complementaridades articulatóriasa práticas educativas for<strong>mais</strong>, não for<strong>mais</strong> e/ou infor<strong>mais</strong>?> de possibilitar acessos com sucesso a conhecimentos pertinentes,num processo de aprendizagem colaborativa, capazes de provocarmudanças reais e enfrentar desafios?> que tipo de didácticas exploramos?> que metodologia de trabalho de projecto?> que tipo de (in)formação prestamos e que projectos desenvolvemos?Quando falamos de intervenção pedagógica fala-se de:> sensibilizar, incluir, mobilizar> informar, formar, compartilhar> literacia, diversidade, multiculturalidade> interacção, inter-relação, complementaridade> investigação-acção participada, avaliação, reformulação> comunicabilidade, usabilidade, educabilidade, sustentabilidade
38Quando falamos de interacção (in)formativa fala-se de:> promoção, divulgação e marketing cultural> estudo de públicos e adequação de intervenções> preparação de acções culturais educativas complementaresFace a que tipologia de públicos:> Um público em geral e/ou em missão junto dos alunos (públicoescolar específico)?> Para quem a educação patrimonial e comunicacional (sensibilizar,informar, motivar para a preservação de…, comunicar oquê, para quem, quando, como, com que efeito)?> Para quem a educação para, com e pela ciência (na perspectivada divulgação do conhecimento científico e/ou promoção dacultura científica)?Consideramos que, hoje, um museu é para to<strong>das</strong> as comunidadesaprendentes – entendemos que o papel (in)formativo, lúdico-pedagógico,sociocultural dos serviços educativos de todos os museus e principalmentedos museus de ciência e tecnologia – MCT, enquanto centrosde recursos educativos articulatórios de «saberes» relacionadossão multiculturais, inclusivos, economicamente diversificados,multiétnicos, multi-etários, em suma, abrangentes, tendo consciênciaque, hoje, o público dominante é o publico escolar oriundos <strong>das</strong> chama<strong>das</strong>visitas de estudo, seguido <strong>das</strong> suas famílias:<strong>Saber</strong> estar, «conviver» com os vários processos e metodologias formativasnão-for<strong>mais</strong> e/ou infor<strong>mais</strong>, complementares ao sistemaeducativo formal da escola, da educação infantil à educação de adultos,contemplando os seniores e o desenvolvimento da sua generatividade,pelo prazer de compartilhar «saberes» com sabor:> saber «saber», conhecimentos sobre…> saber «fazer», experimentação em oficinas pedagógicas doconhecimento e/ou ateliê de práticas de…> saber ser, «atitude» face a uma nova perspectiva da cultura científicapara o quotidiano, para a melhoria da qualidade de vidaem…Consideramos fundamental, enquanto equipa de trabalho de projectode interacção educativa escola/museu, professores e animadorespedagógicos <strong>das</strong> exposições, a convicção da importância dos seusconhecimentos profissionais docentes, conscientes da consequentecomplementaridade articulatória da trilogia educacional – aprendizagemformal, não formal e informalNeste sentido:O que precisamos mesmo é de dialogar – sejamos o que quer que sejamos,enquanto postura pedagógica: ou «agentes educativos for<strong>mais</strong>»,tal como a imagem que nos passam dos «professores do sistemaeducativo oficial», ou estagiários em profissionalização, usandoos mesmos sistemas pedagógicos, métodos, processos, metodologias,estratégias, modelos de ensino/aprendizagem…, enquanto réplicasreprodutoras do sistema educativo vigente; ou professores criativos,tutores, inovadores, animadores socioculturais e/ou interventoresactivos, artistas superdotados, ou simples artífices promotores deactividades como ateliês/oficinas pedagógicas do conhecimento,capazes de desafiar, questionar e relacionar em busca de novas eóptimas soluções comunicacionais lúdico-educativas, sedutoramentecontextualiza<strong>das</strong>, recusando acções pedagógicas duplicadoras deprocedimentos for<strong>mais</strong> educativos, enquanto meras cópias autoreprodutorasde respostas pré-estabeleci<strong>das</strong> sem novidade e renovação,ou seja, uma visita de estudo a um MCT, no nosso entender, não é apenas<strong>mais</strong> uma aula, mas a complementaridade transdisciplinar de umtempo de prazer pela vontade de aprender, numa ambiência comunicacionaleducativa diferente. Daí a importância da comunicaçãoeducacional multimédia, na exploração <strong>das</strong> colecções do acervo patri-
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