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Saber mais - versão digital - Fundação Portuguesa das ...

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4Maria da Glória Pires Firmino, recolha biográfica de Margarida Gírio Mouta | Licenciada em Filologia Românica e DocentePatrimónio tangível, memóriasintangíveis130 anos animados e imortalizados por gestos,palavras, vozes e rostos.Exposição no Museu dos CTT, nas Picoas. Ao centro, Maria da Glória Firmino, acervo iconográfico da FPC.«...e aqueles que por obras valerosasse vão da lei da morte libertando....Cantando espalharei por toda a parte...»Luís de Camões, Lusía<strong>das</strong>, canto I.cado, aquele que lhe calçava que nem uma luva, dado o seu gosto pelaHistória e pelo ensino.Escutando a Dr. a Maria da Glória e de mãos da<strong>das</strong> com a Dr. a Alva, ressurgirmose partilhamos construtos construídos e a construir :Reiteramos e seguimos o propósito do poeta, não deixando apagarpara o futuro, memórias, vozes e rostos. Em diversos contextos,mas sobretudo no da museologia, sabemos que os legados de saberessão importantes e únicos, e que toda a caminhada de volta ao passadotem reflexos imediatos no futuro.Algumas palavras...Conhecer e ouvir a Dr. a Maria da Glória Firmino, terceira conservadorado Museu dos CTT, é um privilégio a partilhar.Em situações for<strong>mais</strong>, nas reuniões dos Amigos do Museu, ou numsimples «olá, como está?», encontros do aqui e do agora, é sempreum deleite ouvi-la . Mais do que fazer notícia, reportagem ou crónicado que ouvimos e cumplicemente experienciámos, não conseguindoregistar o que ouvimos e sentimos, as emoções vivencia<strong>das</strong> e partilha<strong>das</strong>,aqui depomos e ofertamos algumas <strong>das</strong> suas estórias, histórias ememórias:« ... comecei, com pés de lã, a ler relatórios e a ir ao passado...»Foi em 1953 que ingressou nos serviços do Museu, a pedido do seuchefe, Dr. António Mora Ramos. Embora tivesse sido admitida nos CTTem 1944, pouco ou nada sabia do Museu, mas não teve dúvi<strong>das</strong> que,de todos os serviços possíveis nos CTT, seria o museológico o <strong>mais</strong> indi-130 anos... «...se hace camino al andar.»António MachadoPoeta espanhol«Não é possível ignorar que a história do correio e, de imediato, a <strong>das</strong>telecomunicações estão intrinsecamente liga<strong>das</strong> à história da civilização.As comunicações vencem o obstáculo de quaisquer fronteiras, independentementede serem naturais ou políticas.A institucionalização do correio surge em finais do século XVIII. A partirdeste momento, nasce uma nova história. A história contada éreferenciada com objectos museológicos. Daí que um século depois,como nos relata Godofredo Ferreira, nasça a ideia da criação e constituiçãode um Museu Postal e com ela o simples gesto de seleccionare preservar objectos em uso na Empresa.» Alva Santos in CódiceDo Museu Postal ao Museu dos CTTEm Portugal, a primeira referência a um museu do correio foi sugerida,em instrucções envia<strong>das</strong> à Direcção Regional dos Correios e Postasdo Reino pelo Ministro <strong>das</strong> Obras Públicas, a Guilhermino Barros,Primeiro Director Geral dos Correios Telégrafos e Faróis ( 1877-1893), e,dizia que « consignavam que a Direcção Geral dos Correios forcejariapor ir criando a Biblioteca e museus postais» .Importante é mencionar que, de acordo com o primeiro relatório degerência 1877-1878 ,Guilhermino de Barros afirmou que o museu foi inicialmentedotado de um primeiro núcleo de trinta peças que se pre-

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