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pode ser alcançado de variada forma, pela mera presença nas
obras sociais ou com a possível colaboração, contribuição e
serviço onde a Misericórdia mais dele necessite 82 .
E fá-lo, sobretudo, como um voluntário de colaboração,
revelando generosidade conforme a sua disponibilidade.
Realmente, no espírito de irmandade compreende-se e
aprofunda-se muito mais a filosofia de serviço solidário, daí que
a ação de voluntariado por parte do Irmão de uma Misericórdia
se traduza na participação e partilha de responsabilidades.
Por via da cultura do voluntariado, cada Irmão vivencia e
promove os valores da entreajuda e consonância de bondade
entre todos, da participação abnegada e cooperação leal.
O seu desempenho e espírito de missão na Santa Casa
afirmam-se na razão de ser que foi enunciada por um filósofo
africano: “Ninguém pode dizer que é tão pobre, a ponto de
não poder partilhar qualquer coisa, e ninguém pode dizer
que é tão rico, que não tem nada para receber…” 83 . Singelo
pensamento que consagra o humaníssimo relacionamento que
é preciso empreender no livre e espontâneo compromisso de
solidariedade efetiva e afetiva.
Depois, o provedor 84 , os mesários 85 e os restantes Irmãos
têm de convergir no programa de ação da Misericórdia,
orientado para todos os que precisam de apoio ou se encontram
socialmente mais vulneráveis. Logo, o papel de cada um e de
todos é participar, com empenho e vivacidade, na promoção
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