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De modo algum, até porque no seu seio deve estimular-se a
dialética de ideias e a cultura da crítica construtiva, contanto
que o façam no diapasão das regras compromissórias e que a
ajuda entre todos seja prevalecente. Pelo facto das Santas Casas
da Misericórdia firmarem a sua natureza no associativismo,
é positivo e tonificante haver franca pluralidade de opiniões
decorrentes da natural diversidade de quadrantes que a
integram. Todavia, depois de apreciadas, discutidas e votadas as
questões que digam respeito à vida institucional, impõe-se que
todos os que a integrem convirjam na unidade da Irmandade
e na prossecução coesa dos seus fins.
Com a força e transparência de atuação, unidos pela
fé cristã e pelo ideal das Obras de Misericórdia, os Irmãos
estão não só a vivenciar aquilo que aceitaram ser e a que
se comprometeram, como estão a contribuir para que a sua
Santa Casa, inserida na sua comunidade, assuma na plenitude
a identidade e autonomia correspondentes à história e aos
direitos associativos que justamente lhe cabem.
Bem-queridos Irmãos, minhas senhoras e meus senhores:
Na lógica do que ficou dito, o caminho das Misericórdias
tem de prosseguir pela defesa da dignidade e plenitude de vida
da pessoa humana 96 . O que passa por revitalizar a estratégia de
apoio e valorização da família 97 . Enquadrando os problemas,
intervindo de forma articulada e vigorosa, sempre que possível
em rede com os demais protagonistas do Social, e investindo
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