03.10.2016 Views

combinepdf

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

globalização, é merecido verificar que a Rainha D. Leonor<br />

foi a primeira responsável pela maior rede de assistência<br />

social e de saúde da nossa história. À sua morte, em<br />

1525, já existiam 61 Misericórdias reconhecidas. Como<br />

movimento oriundo da alma lusitana e da compaixão<br />

de uma mulher, bem se pode asseverar que as nossas<br />

Misericórdias são o real testemunho da existência de<br />

instituições com alma (de Irmandade!) e de coração<br />

(aberto ao bem-fazer!). Registe-se que a Princesa<br />

Perfeitíssima, como foi apelidada, esteve também na<br />

fundação do Hospital Real de Todos os Santos e do<br />

Hospital Termal das Caldas da Rainha, assim como<br />

protegeu as artes e as letras, com um particular ênfase<br />

a Gil Vicente, nosso maior dramaturgo que, pelo riso e<br />

pela crítica social, exibiu a arte teatral como um peculiar<br />

modo pró-misericordiano de corrigir os maus costumes,<br />

tendo por modelo as coisas simples do povo.<br />

26. Acerca do humanismo leonorense, recomenda-se<br />

a leitura da notável obra A Rainha D. Leonor e as<br />

Misericórdias Portuguesas, do Dr. Manuel Ferreira da<br />

Silva (Rei dos Livros, em coprodução com a UMP, agosto<br />

de 1998). Sobre o espírito piedoso e caritativo à época,<br />

vide a obra O Espírito das Misericórdias Nos Testamentos<br />

de D. Leonor e de Outras Mulheres da Casa da Avis,<br />

de Abílio José Salgado e Anastácia Mestrinho Salgado<br />

(Multinova, junho de 1999).<br />

27. A Irmandade da Misericórdia de Lisboa foi o arquétipo<br />

para as restantes Misericórdias de fundação manuelina,<br />

48

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!