combinepdf

inviolável de cada pessoa humana”, que “constitui uma
tarefa essencial, diria mesmo em certo sentido, a tarefa
central e unificadora do serviço que a Igreja, e nela
os fiéis leigos, são chamados a prestar à família dos
homens. De todas as criaturas terrenas, só o homem
é ‘pessoa’, sujeito consciente e livre e, precisamente
por isso, ‘centro e vértice’ de tudo o que existe sobre a
terra. A dignidade pessoal é o bem mais precioso que o
homem tem, graças ao qual ele transcende em valor todo
o mundo material. A palavra de Jesus – ‘Que serve ao
homem ganhar o mundo inteiro, se depois perde a sua
alma?’ (Mc 8, 36) – implica uma afirmação antropológica
luminosa e estimulante: o homem vale não por aquilo
que ‘tem’ – mesmo que ele possuísse o mundo inteiro –,
mas por aquilo que ‘é’. Não são tanto os bens do mundo
que contam, mas o bem da pessoa, o bem que é a própria
pessoa”. É que a vida humana anuncia-se como a maior
graça que todos ganhamos por Cristo: “Eu vim para que
tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10, 10)!
97. Como escreveu Jean-Jacques Rosseau (in Do Contrato
Social, abril de 1762), a família “é a mais antiga de
todas as sociedades e a única natural”. O Santo Padre
João Paulo II, na já nomeada Christifideles Laici,
ibidem, n. os 37 a 40, chamou-lhe “primeiro espaço
para o empenhamento social”, e, poderíamos incluir,
para a educação. Não resistimos a destacar a seguinte
passagem dessa exortação apostólica: “Berço da vida
e do amor, onde o homem ‘nasce’ e ‘cresce’, a família
é a célula fundamental da sociedade. Deve reservar-
97