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edição de 13 de março de 2017

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MeRCAdo<br />

Audiovisual dá<br />

provas <strong>de</strong> sua<br />

força no Rio<br />

Content Market<br />

Conteúdo <strong>de</strong> marcas virou negócio<br />

e, por isso, chamou a atenção<br />

na semana passada, no Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro. Executivos da Vice,<br />

Facebook e Discovery falaram das<br />

suas experiências com o assunto<br />

Claudia Penteado<br />

Um mercado que parece in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />

das oscilações<br />

(negativas) da economia <strong>de</strong>u<br />

mais uma prova <strong>de</strong> sua força e<br />

crescimento nos últimos anos<br />

na sexta <strong>edição</strong> do Rio Content<br />

Market, fervilhando em discussões,<br />

oportunida<strong>de</strong>s e negócios,<br />

no Rio <strong>de</strong> Janeiro, ao longo da<br />

semana passada. Esta <strong>edição</strong><br />

atraiu 3.700 <strong>de</strong>legados e certamente<br />

um volume <strong>de</strong> negócios<br />

superior ao do ano passado,<br />

igualmente cheio, conforme prevê,<br />

ainda sem todos os números<br />

consolidados, o presi<strong>de</strong>nte da<br />

Bravi (Brasil Audiovisual In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte),<br />

Mauro Garcia. A entida<strong>de</strong><br />

realiza o evento <strong>de</strong>dicado<br />

à produção audiovisual in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,<br />

que já atraiu até hoje<br />

mais <strong>de</strong> 17 mil participantes, <strong>de</strong><br />

36 países.<br />

Segundo Garcia, a crise <strong>de</strong> fato<br />

não afetou o segmento e, embora<br />

os números <strong>de</strong> crescimento da<br />

indústria apresentados por entida<strong>de</strong>s<br />

como Sebrae, Fundação<br />

Cabral, BNDES e Ancine não tenham<br />

contemplado o ano passado,<br />

o entretenimento se mantém<br />

à margem dos sofríveis resultados<br />

da economia. “O mercado<br />

avançou. Houve um momento<br />

em que ficamos com medo <strong>de</strong><br />

termos nos transformado em<br />

uma bolha, mas o fato é que<br />

mundialmente a indústria do entretenimento<br />

só faz crescer. Este<br />

ano po<strong>de</strong>ríamos ter ocupado um<br />

espaço maior, mas preferimos<br />

ser conservadores a eventualmente<br />

crescer além da conta”.<br />

Para ele, algumas questões foram<br />

emblemáticas e dominaram<br />

boa parte das discussões: um<br />

gira em torno da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma regulamentação do setor <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o on <strong>de</strong>mand (VOD). Trata-<br />

-se <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> para a Agência<br />

Nacional do Cinema, que realiza<br />

consulta pública a respeito<br />

do marco regulatório. Segundo<br />

a Ancine, há 16 serviços <strong>de</strong> VOD<br />

em atuação no Brasil e é um<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio tratar do tema,<br />

acompanhar a tecnologia e a relação<br />

dos consumidores com os<br />

serviços.<br />

Garcia teme, no entanto, que<br />

futuras regulamentações engessem<br />

o setor. Chegou o momento,<br />

segundo ele, <strong>de</strong> flexibilizar as<br />

regras <strong>de</strong> relacionamento entre<br />

produtores, canais e setores que<br />

financiam a indústria, sempre<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> recursos<br />

públicos. “Nem sempre é necessário<br />

que o produtor fique com<br />

51% das verbas. Acredito que a<br />

Lei 12.485 trouxe gran<strong>de</strong>s benefícios<br />

e permitiu o fortalecimento<br />

da produção nacional, que talvez<br />

não ocorresse espontaneamente,<br />

mas o fato é que precisamos flexibilizar<br />

os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio.<br />

Já estamos conversando com a<br />

ABTA (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

TV por Assinatura) e queremos<br />

sentar com eles para sugerir mecanismos<br />

conjuntos para a Ancine”,<br />

disse Garcia.<br />

Facebook e Discovery apresentaram como exemplo <strong>de</strong> sucesso recente o projeto <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d conten<br />

Outras tendências fortes<br />

<strong>de</strong>ste Rio Content Market:<br />

o interesse <strong>de</strong> países latino-<br />

-americanos como Argentina,<br />

Venezuela, Chile e Peru em coproduzir<br />

com o Brasil. E o do<br />

próprio Brasil em coproduzir<br />

com Portugal, para <strong>de</strong>senvolver<br />

um mercado <strong>de</strong> audiovisual em<br />

língua portuguesa, valendo-se<br />

da presença daquele na comunida<strong>de</strong><br />

europeia.<br />

Garcia afirma que falta ao Brasil<br />

evoluir nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio<br />

e fomento da indústria, pois<br />

criativida<strong>de</strong> há <strong>de</strong> sobra. “Queremos<br />

sair dos editais, abandonar<br />

os mo<strong>de</strong>los arcaicos que nos<br />

aprisionam”, concluiu.<br />

“O mercadO <strong>de</strong><br />

prOduçãO tem<br />

mais <strong>de</strong>safiOs e<br />

OpOrtunida<strong>de</strong>s,<br />

nãO basta mais<br />

realizar peças<br />

visuais”<br />

14 <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>março</strong> <strong>de</strong> <strong>2017</strong> - jornal propmark

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