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edição de 28 de novembro de 2016

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consumo<br />

Maioria dos jovens da geração Z da<br />

América Latina quer ter nos shoppings<br />

áreas gran<strong>de</strong>s que recebam encontros<br />

<strong>de</strong> várias tribos e um lugar para<br />

relacionamento e convivência<br />

shironosav/iStock<br />

Geração Z espera <strong>de</strong> shoppings mais<br />

do que um centro para fazer compras<br />

Pesquisa realizada pela Officina Sophia em parceria com a Abrasce<br />

mostra que jovens <strong>de</strong> 13 a 18 anos querem lugar para encontros e lazer<br />

Cristiane Marsola<br />

Outros formatos para os shoppings<br />

em um futuro próximo<br />

é a expectativa e o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> 40% dos brasileiros e 41%<br />

dos latino-americanos. O que<br />

a geração Z quer encontrar em<br />

um centro <strong>de</strong> compras é a pergunta<br />

que norteou o estudo O<br />

Shopping do Futuro, realizado<br />

pela Officina Sophia Retail e pela<br />

Officina Sophia Minds & Hearts,<br />

ambas da holding HSR, em<br />

parceria com a Abrasce (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Shoppings<br />

Centers). Foram ouvidos mais<br />

<strong>de</strong> 1.200 jovens, <strong>de</strong> 13 a 18 anos,<br />

das classes A, B e C.<br />

A geração Z quer mais que um<br />

centro <strong>de</strong> compras. A pesquisa<br />

mostrou que 56% dos brasileiros<br />

e 57% dos latino-americanos<br />

têm preferência por gran<strong>de</strong>s<br />

áreas para encontros <strong>de</strong> diferentes<br />

tribos. A pesquisa também<br />

mostrou que 59% dos jovens no<br />

Brasil e 60% na América Latina<br />

gostariam <strong>de</strong> encontrar locais <strong>de</strong><br />

relacionamento e convivência.<br />

O mercado já tem um movimento<br />

neste sentido, mas ainda<br />

bastante tímido. “Alguns shoppings<br />

novos já contemplam em<br />

sua estrutura áreas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

convivência, teatros e restaurantes<br />

diferenciados. Outros já<br />

investem em calendário <strong>de</strong> atrações<br />

promovendo shows e ativida<strong>de</strong>s<br />

pontuais em datas sazonais.<br />

São iniciativas positivas,<br />

mas que ainda não são robustas<br />

ou frequentes o suficiente para<br />

que o shopping seja percebido<br />

como um life center”, diz Valéria<br />

Rodrigues, diretora da Officina<br />

Sophia Retail, responsável<br />

pela pesquisa.<br />

Entre as <strong>de</strong>mandas da geração<br />

Z nos shoppings estão wi-fi<br />

grátis (57%), espaços <strong>de</strong> interação<br />

e convivência (48%) e equilíbrio<br />

entre a presença <strong>de</strong> natureza<br />

e tecnologia no mesmo<br />

ambiente (46%). Para o lazer,<br />

o cinema é citado por 44% dos<br />

jovens; espaço para shows, por<br />

42%; e locais para jogar campeonatos<br />

<strong>de</strong> games, 39%. Para 30%<br />

dos entrevistados, <strong>de</strong>ve haver<br />

um novo olhar para a oferta <strong>de</strong><br />

diversão, que inclua fantasia,<br />

prazer e recompensa.<br />

Outras características esperadas<br />

pela geração Z para esses<br />

centros são a <strong>de</strong>partamentalização<br />

por categoria <strong>de</strong> produtos<br />

(43%), lojas com personalização<br />

<strong>de</strong> roupas (42%) e provadores<br />

digitais (39%), livrarias com<br />

proposta sustentável (27%) e<br />

locais que promovam prazer e<br />

bem-estar (60%).<br />

Segundo a executiva, o estudo<br />

não mostra que o shopping <strong>de</strong>ixará<br />

<strong>de</strong> ser um centro <strong>de</strong> compras.<br />

“Acreditamos no equilíbrio<br />

entre estas três áreas: serviços,<br />

experiências e produtos. O que<br />

vemos é a oportunida<strong>de</strong> para que<br />

as lojas ampliem seus negócios,<br />

proporcionando ao seu cliente<br />

não só a venda <strong>de</strong> um bem. Existe<br />

espaço para que a loja física se<br />

torne um centro <strong>de</strong> experiência<br />

com o produto e com marcas,<br />

promova a multicanalida<strong>de</strong>, permitindo<br />

inclusive compras no<br />

ambiente digital, e ainda ofereça<br />

serviços agregados”, fala Valéria.<br />

Dois aspectos da pesquisa<br />

chamaram a atenção da executiva:<br />

o comportamento <strong>de</strong> compra<br />

digital e a <strong>de</strong>manda pela <strong>de</strong>partamentalização<br />

por categoria <strong>de</strong><br />

produto. “56% dos jovens brasileiros<br />

<strong>de</strong> 14 a 18 anos já realizam<br />

compras online. Este target não<br />

<strong>de</strong>monstra barreira em realizar<br />

compras online mesmo em categorias<br />

que, em um passado<br />

recente, <strong>de</strong>mandavam experiência<br />

com o produto: tocar o<br />

tecido, analisar a costura, experimentar<br />

o tamanho e o caimento”,<br />

diz. A <strong>de</strong>manda por organização<br />

por categoria <strong>de</strong> produto<br />

também po<strong>de</strong> ser interpretada<br />

como uma consequência do digital.<br />

“Esta <strong>de</strong>manda, também<br />

relacionada ao comportamento<br />

digital, estaria representando a<br />

forma como os sites <strong>de</strong> compra<br />

estão organizados. É como se<br />

este novo consumidor estivesse<br />

levando a experiência digital<br />

para o mundo real. Para a geração<br />

Z, não <strong>de</strong>vem existir fronteiras<br />

entre o mundo digital e o<br />

físico”, afirma Valéria.<br />

jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 41

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