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consumo<br />
Maioria dos jovens da geração Z da<br />
América Latina quer ter nos shoppings<br />
áreas gran<strong>de</strong>s que recebam encontros<br />
<strong>de</strong> várias tribos e um lugar para<br />
relacionamento e convivência<br />
shironosav/iStock<br />
Geração Z espera <strong>de</strong> shoppings mais<br />
do que um centro para fazer compras<br />
Pesquisa realizada pela Officina Sophia em parceria com a Abrasce<br />
mostra que jovens <strong>de</strong> 13 a 18 anos querem lugar para encontros e lazer<br />
Cristiane Marsola<br />
Outros formatos para os shoppings<br />
em um futuro próximo<br />
é a expectativa e o <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> 40% dos brasileiros e 41%<br />
dos latino-americanos. O que<br />
a geração Z quer encontrar em<br />
um centro <strong>de</strong> compras é a pergunta<br />
que norteou o estudo O<br />
Shopping do Futuro, realizado<br />
pela Officina Sophia Retail e pela<br />
Officina Sophia Minds & Hearts,<br />
ambas da holding HSR, em<br />
parceria com a Abrasce (Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Shoppings<br />
Centers). Foram ouvidos mais<br />
<strong>de</strong> 1.200 jovens, <strong>de</strong> 13 a 18 anos,<br />
das classes A, B e C.<br />
A geração Z quer mais que um<br />
centro <strong>de</strong> compras. A pesquisa<br />
mostrou que 56% dos brasileiros<br />
e 57% dos latino-americanos<br />
têm preferência por gran<strong>de</strong>s<br />
áreas para encontros <strong>de</strong> diferentes<br />
tribos. A pesquisa também<br />
mostrou que 59% dos jovens no<br />
Brasil e 60% na América Latina<br />
gostariam <strong>de</strong> encontrar locais <strong>de</strong><br />
relacionamento e convivência.<br />
O mercado já tem um movimento<br />
neste sentido, mas ainda<br />
bastante tímido. “Alguns shoppings<br />
novos já contemplam em<br />
sua estrutura áreas ver<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
convivência, teatros e restaurantes<br />
diferenciados. Outros já<br />
investem em calendário <strong>de</strong> atrações<br />
promovendo shows e ativida<strong>de</strong>s<br />
pontuais em datas sazonais.<br />
São iniciativas positivas,<br />
mas que ainda não são robustas<br />
ou frequentes o suficiente para<br />
que o shopping seja percebido<br />
como um life center”, diz Valéria<br />
Rodrigues, diretora da Officina<br />
Sophia Retail, responsável<br />
pela pesquisa.<br />
Entre as <strong>de</strong>mandas da geração<br />
Z nos shoppings estão wi-fi<br />
grátis (57%), espaços <strong>de</strong> interação<br />
e convivência (48%) e equilíbrio<br />
entre a presença <strong>de</strong> natureza<br />
e tecnologia no mesmo<br />
ambiente (46%). Para o lazer,<br />
o cinema é citado por 44% dos<br />
jovens; espaço para shows, por<br />
42%; e locais para jogar campeonatos<br />
<strong>de</strong> games, 39%. Para 30%<br />
dos entrevistados, <strong>de</strong>ve haver<br />
um novo olhar para a oferta <strong>de</strong><br />
diversão, que inclua fantasia,<br />
prazer e recompensa.<br />
Outras características esperadas<br />
pela geração Z para esses<br />
centros são a <strong>de</strong>partamentalização<br />
por categoria <strong>de</strong> produtos<br />
(43%), lojas com personalização<br />
<strong>de</strong> roupas (42%) e provadores<br />
digitais (39%), livrarias com<br />
proposta sustentável (27%) e<br />
locais que promovam prazer e<br />
bem-estar (60%).<br />
Segundo a executiva, o estudo<br />
não mostra que o shopping <strong>de</strong>ixará<br />
<strong>de</strong> ser um centro <strong>de</strong> compras.<br />
“Acreditamos no equilíbrio<br />
entre estas três áreas: serviços,<br />
experiências e produtos. O que<br />
vemos é a oportunida<strong>de</strong> para que<br />
as lojas ampliem seus negócios,<br />
proporcionando ao seu cliente<br />
não só a venda <strong>de</strong> um bem. Existe<br />
espaço para que a loja física se<br />
torne um centro <strong>de</strong> experiência<br />
com o produto e com marcas,<br />
promova a multicanalida<strong>de</strong>, permitindo<br />
inclusive compras no<br />
ambiente digital, e ainda ofereça<br />
serviços agregados”, fala Valéria.<br />
Dois aspectos da pesquisa<br />
chamaram a atenção da executiva:<br />
o comportamento <strong>de</strong> compra<br />
digital e a <strong>de</strong>manda pela <strong>de</strong>partamentalização<br />
por categoria <strong>de</strong><br />
produto. “56% dos jovens brasileiros<br />
<strong>de</strong> 14 a 18 anos já realizam<br />
compras online. Este target não<br />
<strong>de</strong>monstra barreira em realizar<br />
compras online mesmo em categorias<br />
que, em um passado<br />
recente, <strong>de</strong>mandavam experiência<br />
com o produto: tocar o<br />
tecido, analisar a costura, experimentar<br />
o tamanho e o caimento”,<br />
diz. A <strong>de</strong>manda por organização<br />
por categoria <strong>de</strong> produto<br />
também po<strong>de</strong> ser interpretada<br />
como uma consequência do digital.<br />
“Esta <strong>de</strong>manda, também<br />
relacionada ao comportamento<br />
digital, estaria representando a<br />
forma como os sites <strong>de</strong> compra<br />
estão organizados. É como se<br />
este novo consumidor estivesse<br />
levando a experiência digital<br />
para o mundo real. Para a geração<br />
Z, não <strong>de</strong>vem existir fronteiras<br />
entre o mundo digital e o<br />
físico”, afirma Valéria.<br />
jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 41