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Newslab 145

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artigo 1<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Existem diversos equipamentos automatizados<br />

aqui no Brasil com diferentes<br />

metodologias, por exemplo, BACTEC®<br />

modelos FX, série 9000 (9050, 9120,<br />

9240) ou MGIT (Becton Dickinson Diagnostic<br />

Instrument Systems, Sparks, MD,<br />

USA) e BacT/ALERT® 3D 60/120/240<br />

(bioMé- rieux, Durham, NC, EUA), têm<br />

como base a detecção por fluorescência<br />

ou colorimetria.<br />

Diferentes estudos mostram as vantagens<br />

em se utilizar essas metodologias<br />

como: o contínuo monitoramento pelo<br />

sistema (leitura em minutos); maior<br />

sensibilidade e rapidez para detecção<br />

de positividade da amostra; possibilidade<br />

de criação de banco de dados dos<br />

microrganismos isolados e dados demográficos;<br />

determinação do tempo para<br />

positividade de cada frasco, auxiliando<br />

no diagnóstico de infecções relacionadas<br />

a cateter; menor risco de contaminação<br />

laboratorial, pois o repique só é realizado<br />

em amostras positivas e economia de<br />

tempo e material.<br />

Apesar de possuir inúmeras vantagens<br />

esses tipos de equipamentos<br />

possuem como principal desvantagem<br />

o custo, que ainda é bastante elevado e<br />

que algumas vezes não é compensado<br />

pelo laboratório.<br />

5. Automação<br />

na imunologia<br />

A técnica de automação para a tipagem<br />

sanguínea foi introduzida há mais de 50<br />

anos pelo pesquisador Creighton McNeil<br />

e aperfeiçoada por Phillip Sturgeon. Essa<br />

técnica assume um importante papel no<br />

diagnóstico de fenótipos variantes.<br />

Essa técnica é baseada em microplaca<br />

que executa a pesquisa e identificação de<br />

anticorpos e permite um método de<br />

teste estandardizado e fácil de utilizar<br />

com elevada sensibilidade para anticorpos<br />

clinicamente significativos. Ela utilizada<br />

pequenos volumes e baixa concentração<br />

de soro e hemácias.<br />

A técnica ainda pode ser automatizada<br />

através da captura online de dados, que<br />

podem promover redução dos erros de<br />

leitura e transcrição, economia de tempo,<br />

utilização de códigos de barras para<br />

amostras e identificação de microplacas<br />

e integração em sistemas de computador<br />

para armazenamento de dados(12).<br />

As vantagens apresentadas por essa<br />

técnica são: interface amigável, rastreabilidade,<br />

agilidade, possibilidade de<br />

importar e exportar dados de um para<br />

outro sistema, e conexão em rede. A<br />

rastreabilidade, a leitura padronizada e<br />

o software para o cadastro e registro de<br />

resultados, fornecem maior segurança à<br />

rotina da imunohematologia.<br />

A automação da técnica de tipagem<br />

sanguínea vem ganhado espaço no cenário<br />

atual, em que surgem novas tecnologias<br />

capazes de assegurar maior segurança<br />

aos procedimentos transfusionais(12).<br />

Conclusão<br />

O processo de implementação de um<br />

modelo de automação laboratorial gera<br />

benefícios importantes para a instituição<br />

e, principalmente, para maior segurança<br />

na assistência à saúde.<br />

O resultado laboratorial depende de<br />

um conjunto de procedimentos de trabalho,<br />

equipamentos, reagentes e suprimentos<br />

necessários associado a capacidade<br />

de um método analítico para aferir<br />

uma amostra corretamente.<br />

Por esse motivo para se adequar as<br />

mudanças que o mercado da medicina<br />

laboratorial vem sofrendo, os laboratórios<br />

estão buscando aperfeiçoamento<br />

em garantir um resultado mais preciso<br />

em menor tempo possível, com isso a<br />

busca por inovações tecnológicas vem<br />

crescendo.<br />

A tecnologia trouxe uma evolução<br />

aos laboratórios clínicos, e esse processo<br />

AUTORES:<br />

PRISCILA DA SILVA AMARAL¹<br />

RAYANNE DOS SANTOS BARBOSA²<br />

SALETE MARIA BERNARDO DOS SANTOS<br />

CORREIA³<br />

permitiu um ganho substancial na qualidade<br />

dos resultados, um aumento da<br />

produtividade, uma queda expressiva<br />

dos custos operacionais como também,<br />

uma diminuição significativa do tempo<br />

de atendimento total.<br />

Portanto, conclui-se que esse recurso<br />

automatizado introduz confiança, objetividade,<br />

maior sensibilidade e eficiência<br />

ao processo.<br />

Referências<br />

1. CAMPANA, G. A; OPLUSTIL, C.<br />

P. Conceitos de automação na medicina<br />

laboratorial: revisão de literatura. J Bras Patol<br />

Med Lab, vol. 47, n. 2, p. 119-127, abril 2011.<br />

2. CHAVES, C. D. Controle de qualidade no<br />

laboratório de análises clínicas. J Bras Patol<br />

Med Lab, vol. 46 n. 5, outubro 2010.<br />

3. STRASINGER, S. K. Uroanálise &<br />

Fluidos Biológicos, 3ª edição, Editorial<br />

Premier, São Paulo, 2000.<br />

4. VIEIRA, K. F. et al. A utilidade dos<br />

indicadores da qualidade no gerenciamento de<br />

laboratórios clínicos. J Bras Patol Med Lab, vol.<br />

47, n. 3, p. 201-210, junho 2011.<br />

5. BERLITZ, F. A. Controle da qualidade<br />

no laboratório clínico: alinhando melhoria de<br />

processos, confiabilidade e segurança do<br />

paciente. J Bras Patol Med Lab, vol. 46 n. 5. p.<br />

353-363, 2010.<br />

6. RYAN, D. H. Automated analysis of blood<br />

cells. In: Hoffman R, Benz EJ, Shattil SJ, Furie<br />

B, Cohen HJ & Silberstein LE eds. Hematology<br />

– Basic Principles and Practice. 2nd. Ed. 1995.<br />

New York, Churchill Livingstone, 2223-35.<br />

7. GRIMALDI, E.; SCOPACASA, F.<br />

Evaluation of the Abbott CELL-DYN 4000<br />

hematology analyzer. Journal of Clinical<br />

Pathology, vol. 113, n.4, p. 497- 505. Abril<br />

2000.<br />

8. FAILACE, R. Hemograma: manual de<br />

interpretação, 4ª ed., Artmed, 2003. Porto<br />

Alegre, p. 20.<br />

9. SILVA, A. A. B. Evolução da Automação<br />

em Bioquímica. VIII Simpósio de Pesquisa. XII<br />

SEMIC - Seminário de Iniciação Científica da<br />

UNIFENAS 23 a 25 de outubro de 2013.<br />

10. NETOS, J. F. N.; JUNIOR, R, B, O. Novas<br />

Tecnologias em Patologia Clínica. GoldBook.<br />

Inovação Tecnológico em Educação e Saúde.<br />

Jun, 2013.<br />

11. CANTARELLI, V.; COMERLATO, L.<br />

Automação em Microbiologia. Laboratório<br />

Qualitá: Precisão em saúde. Rio Grande<br />

do Sul. 2011. Disponível em . Acesso<br />

em: 28/10/15.<br />

12. LIU, I. P. Análise de resultados da<br />

tipagem sanguínea antes e após implantação<br />

da técnica de semiautomação. Monografia<br />

(Graduação em Biomedicina). 41p. Porto<br />

Alegre. UFRGS, 2012.<br />

Endereço de correspondência<br />

Priscila da Silva Amaral<br />

Rua Ana Neri, 81, Ponta da Terra - CEP: 57030-632 - E-mail: priscila_amaral05@hotmail.com - Celular: (82) 99936-4064<br />

024<br />

Revista NewsLab | Dez/Jan 18

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