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Newslab 145

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De acordo com Agência Nacional de<br />

Vigilância Sanitária, a maior incidência de<br />

falsificação de medicamentos recai sobre<br />

os inibidores da PDE-5. Sendo verificadas<br />

pela identificação das substâncias em<br />

formas farmacêuticas autênticas ou falsificadas<br />

por diferentes técnicas analíticas,<br />

como espectroscopia Raman, espectroscopia<br />

de ressonância magnética nuclear<br />

(RMN1H, 13C e 15N), difratometria de<br />

raios-X, espectrometria no infravermelho<br />

próximo e espectrofotometria após<br />

complexação. Na literatura, para a determinação<br />

quantitativa da Tadalafila é<br />

empregado a cromatografia líquida de<br />

alta eficiência (CLAE) (ORTIZ et al., 2010;<br />

ZOU et al., 2006; SINGH et al., 2009; ME-<br />

LNIKOV et al., 2003; MOFFAT et al., 2004;<br />

TREFI et al., 2008).<br />

A quantificação de um fármaco em<br />

uma formulação e na sua forma isolada<br />

representa um aspecto fundamental da<br />

garantia da qualidade de medicamentos.<br />

Para garantir a confiabilidade e a interpretação<br />

de um método analítico este deve<br />

sofrer uma avaliação denominada validação.<br />

A validação de um método analítico<br />

é uma ferramenta capaz de demonstrar,<br />

por meio de estudos experimentais, que<br />

o método é apropriado para a finalidade<br />

a que se destina, a fim de garantir a<br />

confiabilidade dos resultados obtidos<br />

sendo um dos principais instrumentos<br />

dentro da garantia de qualidade de uma<br />

formulação farmacêutica. Preconizam-se<br />

estudos de especificidade, linearidade,<br />

exatidão, precisão, sensibilidade, limites<br />

de detecção e quantificação e robustez,<br />

também calibração dos equipamentos<br />

e materiais e qualificação dos analistas<br />

(ANVISA, 2003; ICH, 2005a; ICH, 2005b;<br />

ICH, 2005c).<br />

A técnica espectrofotométrica na região<br />

do ultravioleta (UV), é amplamente usada<br />

no controle de qualidade de fármacos, pois<br />

é rápida, possui baixo custo operacional e<br />

elevada confiabilidade de resultados (AL-<br />

VES et al., 2010; GÖRÖG, 2004).<br />

O presente trabalho teve por objetivo<br />

determinar e validar a espectrofotometria<br />

por UV para a quantificação da Tadalafila<br />

em comprimidos avaliando os parâmetros<br />

de linearidade, limites de quantificação e<br />

de detecção, precisão, exatidão e robustez<br />

e estabilidade da solução.<br />

PARTE EXPERIMENTAL<br />

Materiais<br />

Reagentes e amostras<br />

O padrão de Tadalafila foi adquirido<br />

em farmácias de manipulação de Cascavel<br />

– PR, sendo sua autenticidade e<br />

demais parâmetros de qualidade avaliados<br />

pela empresa Opção Fênix. Os comprimidos<br />

de Tadalafila (Cialis® ) foram<br />

adquiridos em farmácia de dispensação<br />

no município de Cascavel-PR. Todas<br />

as análises foram realizadas utilizando<br />

como solvente Álcool metílico PA (Anidrol,<br />

Nuclear e Laborclin).<br />

Preparo da solução padrão<br />

A solução padrão em concentração de<br />

1000 μg mL-1de Tadalafila foi preparada<br />

solubilizando 50 mg de Tadalafila em<br />

álcool metílico e completando o volume<br />

em balão volumétrico de 50 mL.<br />

Solução de 100 μg mL-1 produzida pela<br />

transferência de 1 mL de uma solução<br />

de 1000 μg mL-1 para um balão de 10<br />

mL, completando o volume do recipiente<br />

com Metanol PA. Soluções mantidas à<br />

temperatura ambiente e ao abrigo luz.<br />

Preparo das amostras<br />

Um comprimido contendo 20 mg de<br />

Tadalafila foi pesado e triturado a pó fino,<br />

conforme preconizado na Farmacopéia<br />

Brasileira (2002). Em seguida, quantidade<br />

equivalente a 10 mg do fármaco foi<br />

pesada e solubilizada em metanol, para<br />

obter a concentração final de 10 μg mL-1.<br />

A solução do comprimido foi filtrada em<br />

filtro quantitativo. Esta solução foi mantida<br />

à temperatura ambiente e protegida<br />

da luz.<br />

Equipamentos<br />

Espectofotômetro UV/VIS Spectrometer<br />

T70+ PG Instruments LTD.<br />

Estabilidade da<br />

solução<br />

Prepararam-se duas soluções de Tadalafila<br />

10 μg mL-1, umas delas mantida<br />

em temperatura controlada de 22ºC e<br />

outra permanecendo em temperatura<br />

ambiente. As amostras foram analisadas<br />

em triplicata nos tempos de 0, 24 e<br />

48horas.<br />

Validação do método<br />

analítico por<br />

espectrofotometria na<br />

região do UV<br />

O método foi validado conforme o<br />

preconizado na Resolução RE nº 899,<br />

de 29/5/2003, e com as recomendações<br />

da ICH (The International Conference<br />

on Harmonisation of Technical Requirements<br />

for Registration of Pharmaceuticals<br />

for Human Use) (ICH, 2005a; ICH,<br />

2005b). Os parâmetros avaliados foram<br />

especificidade, linearidade e faixa, limites<br />

de quantificação (LQ) e detecção (LD),<br />

precisão, exatidão e robustez.<br />

Linearidade e faixa<br />

A linearidade foi determinada através<br />

da construção de três curvas de<br />

calibração na faixa de 1-25 μg mL-1.<br />

Foram preparadas soluções em cinco<br />

concentrações diferentes (1; 2,5; 5, 10 e<br />

25 μg mL-1), a partir da solução padrão<br />

de Tadalafila 100μg mL-1. A leitura das<br />

absorbâncias realizada em triplicata em<br />

comprimento de onda de 284nm e a linearidade<br />

estimada por regressão linear<br />

(ANVISA, 2003; ICH, 2005a; ICH, 2005b;<br />

BORBA et al., 2013).<br />

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