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edição de 20 de agosto de 2018

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inspiração<br />

Uma boa risada na vida real<br />

jacoblund/iStock<br />

Para não ser pregador <strong>de</strong> um mundo real que não conversa com o virtual,<br />

o WhatsApp se tornou uma fonte <strong>de</strong> inspiração também para brasileiros<br />

Bruno Brasil<br />

Especial para o ProPMarK<br />

Nada me inspira mais do que uma boa<br />

risada. Antes <strong>de</strong> te contar os meus<br />

motivos, dou explicação científica pra isso<br />

com a ajudinha do neurocientista cognitivo<br />

americano Scott Weems.<br />

Autor do livro Ha! The Science of When<br />

We Laugh and Why, Weems garante que rir<br />

nos torna mais criativos e saudáveis, oxigena<br />

o cérebro e faz com que a gente pense<br />

melhor.<br />

Para ele, rir é coisa tão séria que ele passou<br />

12 anos estudando o cérebro e o humor.<br />

Deixando os livros <strong>de</strong> lado, um certo dia,<br />

trabalhando numa concorrência daqueles<br />

clientes que são atendidos por mais <strong>de</strong> uma<br />

agência, a apenas quatro dias da apresentação,<br />

nos reunimos numa sala para discutir<br />

os novos caminhos e chegar à triste e<br />

difícil conclusão <strong>de</strong> que ainda não tínhamos<br />

nada.<br />

Consciente da situação, o diretor <strong>de</strong> criação<br />

começou a rir. No começo, uma risada<br />

comedida. Daquelas que parecem mais<br />

uma risada <strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero, sabe?<br />

Você certamente já passou por isso. Mas<br />

o riso foi ganhando forma, volume e tom.<br />

E, claro, começou a contagiar. Um por um<br />

fomos sendo contaminados. Aos poucos.<br />

E a risada - ou o <strong>de</strong>sespero, vai saber - se<br />

tornou coletiva - ou coletivo, não importa. WhatsApp se tornou uma fonte <strong>de</strong> inspiração<br />

também.<br />

Não agora.<br />

Todos naquela sala passaram alguns minutos<br />

rindo, rindo, mas rindo muito. Até brasileiro mostra sua criativida<strong>de</strong> ali. O as-<br />

Pare para pensar na velocida<strong>de</strong> em que o<br />

per<strong>de</strong>r o fôlego. Teve gente chorando <strong>de</strong> rir, sunto começa a ser falado na TV e nos jornais<br />

e lá vem a primeira piadinha, memes,<br />

mesmo sabendo queríamos pra não chorar.<br />

Aí a gente ria mais. De <strong>de</strong>sespero? Vai saber. ví<strong>de</strong>os, GIFs, trocadilhos, produzido numa<br />

Sei que a gente riu até não po<strong>de</strong>r mais. velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar inveja a qualquer estúdio<br />

Já recuperados, lágrimas enxugadas, <strong>de</strong> Hollywood.<br />

corpos recompostos, voltamos a trabalhar. Ok, não estamos falando <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Que outro jeito?!<br />

Mas atinge a massa (e praticamente <strong>de</strong> graça).<br />

Ok, <strong>de</strong> novo, tem muito lixo que se você<br />

Acredite, em menos <strong>de</strong> uma hora pós-<br />

-crise <strong>de</strong> riso encontramos a i<strong>de</strong>ia que tanto ri é <strong>de</strong> nervoso ou vergonha.<br />

procurávamos. O diretor <strong>de</strong> criação aprovou.<br />

O cliente adorou. A campanha saiu. E adoraria ter feito, vai dizer que não?!<br />

Mas sempre vem um ou outro que você<br />

aí a gente riu foi <strong>de</strong> alívio mesmo.<br />

Seja pela i<strong>de</strong>ia, pela produção rápida e<br />

Com certeza meu amigo Scott Weems efetiva ou mesmo pelos <strong>de</strong>sdobramentos<br />

sabe explicar melhor e mais bonito que eu tão diferentes <strong>de</strong> um mesmo tema que te<br />

como essa risadaria coletiva foi eficiente faz lembrar da dificulda<strong>de</strong> que você teve<br />

para resgatar nossa mente exausta e <strong>de</strong>sesperada<br />

e trazê-la ao equilíbrio necessário campanha que quase não saiu… Lembra?!<br />

para <strong>de</strong>sdobrar aquele conceito daquela<br />

para seguir em frente.<br />

De novo, diante <strong>de</strong> algumas i<strong>de</strong>ias que<br />

Mesmo sem saber <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> como funciona<br />

isso no cérebro, a partir daí tenho ten-<br />

alguns cliques para estar todo mundo rindo<br />

circulam nos grupos <strong>de</strong> WhatsApp, bastam<br />

tado criar ambientes <strong>de</strong> trabalhos mais leves<br />

e divertidos, em que as pessoas possam ambiente, seja real ou virtual, e faz acon-<br />

junto, numa risada coletiva que contagia o<br />

se inspirar no riso, na piada, com leveza. tecer aquilo que meu amigo Scott Weems<br />

Scott Weems não chegou a essa conclusão<br />

rindo por aí, como eu. Se não quer acre-<br />

E que, para mim, não passa <strong>de</strong> uma fonte<br />

tanto estudou.<br />

ditar em mim, acredite nele, pelo menos. <strong>de</strong> inspiração.<br />

E para não ser pregador <strong>de</strong> um mundo<br />

real que não conversa com o virtual, o Bruno Brasil é sócio e diretor <strong>de</strong> criação da I<strong>de</strong>ia<br />

Que assim seja.<br />

3<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>agosto</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>18 37

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