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edição de 20 de agosto de 2018

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mercado<br />

smartboy10/iStock<br />

Publicitários <strong>de</strong>ixam agências para<br />

fazer campanha política neste ano<br />

Átila Francucci se licenciou da nova/sb e Fernando Barros, da Propeg;<br />

compromisso cívico e gosto pelo ofício estão entre as justificativas <strong>de</strong>les<br />

KELLY DORES<br />

Às vésperas do início da propaganda<br />

eleitoral gratuita no rádio e na TV, no<br />

próximo dia 31 <strong>de</strong> <strong>agosto</strong>, a eleição <strong>de</strong>ste<br />

ano para presi<strong>de</strong>nte da República e governadores<br />

já mexe com o mercado como um<br />

todo. Na publicida<strong>de</strong>, além da complicada<br />

retração das verbas pelos anunciantes, que<br />

esperam em ritmo <strong>de</strong> compasso a <strong>de</strong>finição<br />

do quadro eleitoral, há uma movimentação<br />

<strong>de</strong> publicitários se licenciando das agências<br />

para fazer campanha política.<br />

Um dos nomes mais conhecidos do mercado<br />

publicitário que está a todo vapor fazendo<br />

campanha política é Átila Francucci,<br />

que <strong>de</strong>ixou o cargo <strong>de</strong> VP <strong>de</strong> criação na<br />

nova/sb para ser coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> estratégia<br />

<strong>de</strong> comunicação e execução criativa da<br />

campanha presi<strong>de</strong>ncial <strong>de</strong> Geraldo Alckmin<br />

(PSDB). Enfim, vale a pena? Segundo ele,<br />

sim. “Existem duas razões para eu ter aceitado<br />

o convite: a primeira é que eu adoro<br />

fazer campanhas políticas. Tudo aquilo que<br />

hoje é <strong>de</strong>fendido como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> agência<br />

inovador - trabalho compartilhado, equipes<br />

multidisciplinares atuando juntas, rapi<strong>de</strong>z,<br />

criativida<strong>de</strong> e precisão nas re<strong>de</strong>s sociais,<br />

criação e produção 100% interligadas, organicida<strong>de</strong>,<br />

objetivos claros e medições regulares<br />

do cumprimento <strong>de</strong>sses objetivos<br />

- é praticado nas campanhas eleitorais há<br />

muito tempo. O segundo motivo: um compromisso<br />

cívico pessoal. Quero fazer tudo<br />

que está ao meu alcance, além do voto, para<br />

impedir que um cidadão como Jair Bolsonaro<br />

se transforme em algo além <strong>de</strong> uma<br />

hipótese”.<br />

Além do gosto pessoal e <strong>de</strong>sse lado cívico<br />

citado por Francucci, o criativo também<br />

consi<strong>de</strong>ra que as caraterísticas <strong>de</strong><br />

uma campanha eleitoral permitem que<br />

um publicitário exerça a profissão na plenitu<strong>de</strong>.<br />

“Nenhum outro tipo <strong>de</strong> campanha<br />

publicitária pe<strong>de</strong> tanto <strong>de</strong> um profissional<br />

<strong>de</strong> criação, seja no aspecto estratégico, seja<br />

na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar peças memoráveis<br />

(no sentido literal da palavra). O único lado<br />

negativo é que você fica tão mergulhado no<br />

job que dificilmente se <strong>de</strong>sliga. Mulher, filhos<br />

e amigos passam a conviver com uma<br />

espécie <strong>de</strong> zumbi”, acrescenta ele.<br />

Sobre o estigma da imagem <strong>de</strong> marqueteiro,<br />

ele diz: “Acho a palavra horrorosa e<br />

“NeNhum outro tipo <strong>de</strong><br />

campaNha publicitária<br />

pe<strong>de</strong> taNto <strong>de</strong> um<br />

profissioNal <strong>de</strong> criação”<br />

pejorativa, mas não tenho problemas com<br />

o conceito, não”. Francucci ressalta que,<br />

como sempre fez em ocasiões semelhantes,<br />

voltará para a nova/sb ao término da<br />

eleição. Na sua opinião, o profissional volta<br />

mais completo após participar <strong>de</strong> uma<br />

campanha eleitoral. “Passa a enten<strong>de</strong>r com<br />

mais clareza a cabeça e o coração do brasileiro<br />

e a comunicação que o atinge <strong>de</strong> fato”,<br />

pontua Francucci.<br />

Já Fernando Barros, chairman do Grupo<br />

PPG e presi<strong>de</strong>nte da Propeg, licenciou-se <strong>de</strong><br />

suas funções para se <strong>de</strong>dicar nos próximos<br />

meses ao marketing político em Pernambuco,<br />

com Paulo Câmara, e no Paraná, com<br />

Ratinho Jr. “Nunca <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> gostar <strong>de</strong> fazer<br />

campanhas políticas. Depois <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos<br />

48 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>agosto</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>18 - jornal propmark

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