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edição de 8 de outubro de 2018

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mArkeTing & negócios<br />

jmsilva/iStock<br />

A evolução da TV<br />

Website americano fez excelente análise<br />

sobre a evolução do espaço do meio, na<br />

contramão das apostas nos últimos anos<br />

Rafael Sampaio<br />

fonte da análise não po<strong>de</strong>ria ser mais<br />

A isenta: o website CMO.com, que é editado<br />

e suportado pela Adobe, empresa <strong>de</strong><br />

tecnologia sem conexões com nenhuma organização<br />

<strong>de</strong> mídia e que provê soluções e<br />

softwares para <strong>de</strong>sign, marketing e comunicação.<br />

Fundada em 1982, na Califórnia,<br />

hoje é uma organização global com receita<br />

anual superior a US$ 7,5 bilhões. O artigo<br />

é assinado por Todd Wasserman, autor e<br />

jornalista com mais <strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> experiência,<br />

com foco em marketing e tecnologia,<br />

ex-editor chefe da Brandweek e contribuinte<br />

regular <strong>de</strong> locais como The New<br />

York Times e The Hollywood Reporter.<br />

Esse insuspeito analista espantou-se<br />

com o fato <strong>de</strong> que, no ano em que a previsão<br />

era <strong>de</strong> a mídia digital estar ultrapassando<br />

a TV como o meio com maior fatia no<br />

bolo publicitário americano, os sinais têm<br />

sido <strong>de</strong> que o crescimento da televisão po<strong>de</strong><br />

ser gran<strong>de</strong> o suficiente para não <strong>de</strong>ixar<br />

essa previsão se cumprir. Um <strong>de</strong>sses fatos<br />

foi o investimento das gran<strong>de</strong>s re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lojas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento no período <strong>de</strong> volta às<br />

aulas naquele mercado (julho/setembro),<br />

que cresceu 9,3% sobre o mesmo período<br />

do ano anterior. Outro fato foi a previsão <strong>de</strong><br />

um dirigente da Omnicom Media <strong>de</strong> que a<br />

TV tradicional vai crescer 5%, este ano, acima<br />

da média prevista para o mercado.<br />

Outra informação relevante citada foi<br />

uma pesquisa recente feita pela própria<br />

Adobe com mil compradores <strong>de</strong> TV dos<br />

EUA, revelando que a maioria dos profissionais<br />

<strong>de</strong> marketing continua classificando<br />

a TV como superior aos formatos<br />

digitais – incluindo áudio, display, native,<br />

OOH, searching e social – na “capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> construir uma conexão emocional com<br />

as marcas”.<br />

Uma razão para a viabilida<strong>de</strong> continuada<br />

da publicida<strong>de</strong> na TV é, simplesmente,<br />

como o artigo enfatiza, que ela funciona.<br />

A Warc, para mencionar outro estudo robusto,<br />

<strong>de</strong>scobriu que, entre as 100 campanhas<br />

globais mais eficazes, uma proporção<br />

maior foi li<strong>de</strong>rada pela TV entre 2013 e 2016,<br />

acima do que ocorreu nos três anos anteriores.<br />

Depois da fase <strong>de</strong> fascínio com a mídia<br />

social, a Warc registrou mais anunciantes<br />

voltando à TV para garantir o retorno máximo<br />

<strong>de</strong> seus investimentos.<br />

Um estudo acadêmico mostrou que os<br />

consumidores prestam mais atenção à publicida<strong>de</strong><br />

na TV. Conduzida pela professora<br />

Karen Nelson-Field, da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong>, na Austrália, a investigação usou<br />

a técnica <strong>de</strong> eye-tracking (rastreamento<br />

dos olhos) e <strong>de</strong>monstrou que a TV alcança o<br />

dobro da visualização ativa dos ví<strong>de</strong>os exibidos<br />

no YouTube e 15 vezes a visualização<br />

ativa do Facebook.<br />

A professora explicou que a taxa <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong><br />

é afetada por três fatores: cobertura<br />

(a proporção da tela que o comercial<br />

cobre); confusão (o que ocorre ao redor da<br />

mensagem); e própria visibilida<strong>de</strong> (quanto<br />

do comercial está na tela em todos os<br />

momentos). “Há uma razão pela qual a<br />

maioria dos anunciantes inicia seu planejamento<br />

anual <strong>de</strong> mídia pelos cálculos das<br />

compras antecipadas da TV (que é o padrão<br />

americano). A TV ainda <strong>de</strong>tém a maior parte<br />

dos dólares aplicados em publicida<strong>de</strong><br />

e é única em sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer<br />

uma conexão emocional com os consumidores”,<br />

conforme avalia um alto executivo<br />

da Adobe.<br />

Como pontua o artigo <strong>de</strong> Wasserman,<br />

“os anunciantes mais experientes estão<br />

colocando a TV no centro das campanhas<br />

‘omnichannel’, pois se um consumidor assistir<br />

a um comercial na TV, ele também<br />

verá a mensagem em seus dispositivos digitais,<br />

reforçando seu efeito”.<br />

A conclusão final da análise é que a TV<br />

continua no centro das ações da mídia<br />

publicitária e todas as muitas inovações<br />

tecnológicas digitais e a expansão da distribuição<br />

<strong>de</strong> sua programação estão tornando<br />

a publicida<strong>de</strong> na TV cada vez mais<br />

atraente.<br />

Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />

rafael.sampaio@uol.com.br<br />

22 8 <strong>de</strong> <strong>outubro</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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