Revista Elas por Elas 2018
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
lificado e humanizado no Sofia Feldman.<br />
“O que há de mais sagrado na minha<br />
vida, quando eu me tornei mãe, foi no<br />
Sofia. A minha história se passa nos<br />
corredores e quartos da maternidade,<br />
que representou também um salvamento<br />
num momento de dor. A assistência<br />
que tive me apontou caminhos<br />
para eu restaurar minha vida e minha<br />
família”, conta Joelma, emocionada.<br />
Mulheres que mudam<br />
o mundo<br />
Sabendo do trabalho relevante e da<br />
falta de recursos enfrentada pela maternidade,<br />
Joelma se uniu a outras<br />
mulheres, que também foram bem<br />
assistidas lá, e decidiram ampliar a<br />
luta em defesa do Sofia. “O Sofia não<br />
atender significa um problema para<br />
nós, mulheres. Temos que lutar muito<br />
ainda para que essa melhor opção<br />
continue a existir para todas as mulheres.<br />
Defendemos a vida das mulheres,<br />
contra a mortalidade materna<br />
e pelo direito a uma assistência digna<br />
e humana”, alerta.<br />
Assim, pela iniciativa de várias mulheres<br />
com histórias próximas a dela,<br />
nasceu o Mexeu com o Sofia, mexeu<br />
com Todas, movimento de apoio à maternidade,<br />
que já tem dezenas de ativistas<br />
e mais de 8 mil seguidores no<br />
Facebook. O grupo de usuárias e apoiadores<br />
da maternidade promove diversas<br />
ações nas redes sociais, participa de<br />
reuniões, e promove discussões em<br />
busca de soluções e recursos para o<br />
Sofia. Além do “Mexeu”, outros grupos<br />
buscam apoiar o hospital em sua luta<br />
<strong>por</strong> melhorias e mais investimentos,<br />
entre eles, a Associação Comunitária<br />
de Amigos e Usuários do Hospital Sofia<br />
Feldman (ACAU/HSF), que há anos promove<br />
ações de apoio à maternidade.<br />
Sofia Feldman<br />
Movimento<br />
Nasce Leonina<br />
Além da luta pela manutenção<br />
do Sofia, as mulheres de Belo<br />
Horizonte e região também têm<br />
lutado pela abertura da maternidade<br />
Leonina Leonor, através<br />
do movimento Nasce Leonina.<br />
O espaço foi construído como<br />
anexo à UPA Venda Nova, em<br />
2009, mas nunca abriu as <strong>por</strong>tas.<br />
A maternidade recebeu investimentos<br />
de mais de R$ 4 milhões.<br />
O espaço projetado tem 32 leitos,<br />
7 suítes de parto (6 com banheira),<br />
UTI Neonatal, e uma estrutura<br />
com capacidade para<br />
atender até 350 parturientes<br />
<strong>por</strong> mês, com uma proposta de<br />
assistência humanizada centrada<br />
na mulher.<br />
Enquanto o espaço segue inutilizado<br />
e estragando, as mulheres<br />
seguem sua luta. Apesar disso,<br />
não há previsão real para a<br />
maternidade entrar em funcionamento.<br />
Segundo nota da Secretaria<br />
Municipal de Saúde de<br />
BH, a abertura só será possível<br />
após “reforma na unidade, com<br />
custo estimado de R$ 10 milhões.<br />
Embora prevista no Plano<br />
Municipal de Saúde - <strong>2018</strong> a<br />
2021, serão necessários estudos<br />
de viabilidade, visto que a implantação<br />
demanda recursos financeiros<br />
ainda indisponíveis”.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Outubro <strong>2018</strong><br />
39