ENTREVISTA 22 A era da globalização passa pelo associativismo Abril I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Joaquim Candeias Presidente da DPAI 23 O <strong>Jornal</strong> da <strong>Oficinas</strong> esteve à conversa com Joaquim Candeias a propósito do seu segundo mandato aos comandos da DPAI, que termina em breve, começando, logo de seguida, um terceiro. O homem forte do aftermarket nacional e internacional diz que o grande objetivo é melhorar um negócio que precisa de mais união entre todos os seus intervenientes Por: João Vieira oaquim Candeias é um decano do aftermarket nacional e internacional. O executivo, que lidera os desígnios do bilstein group, é, também, presidente da Comissão Executiva da DPAI (Divisão do Pós-Venda Automóvel Independente) que se integra na ACAP. Numa entrevista concedida ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, abordou o presente e o futuro da DPAI, o seu segundo mandato nesta divisão (já prepara o terceiro), a sua relação com as novas tecnologias, a formação, mas, mais importante de tudo, a forma como se relaciona com as comissões cria<strong>das</strong> em torno do negócio do aftermarket, para que se transforme numa área cada vez mais forte e capaz de ultrapassar as dificuldades que lhe saltam ao caminho. Falou do que espera que venha a ser o ano de 2019 e, também, daquilo que poderá acontecer nos anos vindouros. Uma entrevista séria e honesta de um homem que não teme as dificuldades e que tem ajudado o aftermarket da forma mais marcante que consegue... Termina agora o segundo mandato da Comissão Executiva da DPAI. Pode fazer um breve balanço deste mandato, com destaque para as principais ações e projetos realizados? Estou a terminar o meu segundo mandato. No fundo, foram seis anos. Cada mandato é um triénio. Tenho tentado edificar uma organização própria, criando comissões executivas especializa<strong>das</strong> em várias áreas, o que acabou por ser mais ou menos conseguido no primeiro mandato. No segundo, tentámos resolver alguns dossiers mais específicos e transversais a todo o setor, situação mais morosa para se obter frutos. Demora sempre algum tempo. No entanto, algo que detetamos é que por muito que se trabalhe internamente, se não tivermos a capacidade de mandar essa informação cá para fora, perde-se toda essa força. Para nós, a possibilidade de comunicar passou a ser uma prioridade. Como sabe, a DPAI é uma divisão totalmente voltada para o aftermarket independente e que defende o aftermarket em to<strong>das</strong> as suas vertentes, chegando até à mobilidade. Por isso, será importante para os anos que aí vêm to<strong>das</strong> as novas tecnologias e modelos de negócio, para que as várias empresas possam sobreviver. Temos de nos unir... isolados será sempre mais complicado alcançarmos os nossos objetivos. Para o terceiro mandato (2019-2021), vamos manter a mesma equipa composta pelos representantes <strong>das</strong> comissões, para darmos continuidade ao trabalho desenvolvido. Quais são os grandes projetos e iniciativas que vão ser incluídos no plano anual de atividades? Para mim, o mais importante é a informação. A partilha de dados passa a ser cada vez mais importante no setor. Para a DPAI, a possibilidade de comunicar passou a ser uma prioridade Por isso, as estatísticas são algo que estão no topo da nossa lista de prioridades para, depois, as podermos partilhar com os associados. É evidente que temos a intenção de captar cada vez mais sócios, porque esta nova era da globalização passa, também, pelo associativismo. O associados da ACAP podem partilhar as suas ideias e opiniões. Não precisam de partilhar as estratégias próprias, mas podem receber muita informação, que os vai ajudar a gerir o seu negócio adequadamente, com boas práticas, e que lhes dá o benchmarking essencial para a continuidade do seu negócio. Sejam estatísticas com factos, sejam tendências para o futuro, são sempre bons indicadores para o nosso setor. Em que consiste a campanha ComuniCAR e quais são os seus objetivos? Todos os membros <strong>das</strong> comissões estão envolvidos e motivados a participar. Esta campanha consiste, precisamente, em transmitir informação cada vez mais importante para o setor. E é aí que nos focamos, no novo site ou através de outras ações que vamos desenvolvendo e promovendo, para que exista informação e comunicação realmente útil para todos os players do aftermarket independente em Portugal. Relativamente às novas tecnologias, como caracteriza o novo site da ACAP e quais as principais funcionalidades? O novo site é moderno e tem muitas funcionalidades. É muito fácil de navegar. O anterior era ultrapassado e nós sentimos necessidade de mudar. Tem muito mais informação, fluida e de fácil perceção. Qualquer empresa do setor vai passar a ter acesso e pode usufruir de toda a informação que vamos partilhar diariamente. E como vai ser a presença da DPAI nas redes sociais? Considera importante estar presente nestas plataformas? Claro que é muito importante. Estamos numa era digital e não podemos ignorar as novas plataformas. Inclusivamente, o marketing digital está na ordem do dia e nós estamos a colocar a ACAP na era digital. Todo o trabalho que estamos a fazer na DPAI é a prepará-la para o futuro. As novas tecnologias, bem como os novos modelos de negócio, são essenciais para qualquer empresário ou empresa que queira usufruir daquilo que uma associação do setor lhe pode dar e que é necessário ou essencial para continuar a ter um negócio saudável. Porque, hoje, é cada vez mais difícil sobreviver de forma isolada e com uma estratégia própria. A DPAI está a desenvolver um novo Observatório do Pós-venda Automóvel Independente. Que tipo de informação e dados estatísticos vão ser apresentados neste novo “departamento”? Para já, estamos a basear-nos em factos do nosso setor. Depois, fazemos comparativos, co-relações... Analisamos o setor em relação à venda de veículos novos e em relação ao PIB do nosso país. E as novas tendências: se as pessoas continuam a tirar a carta, se continuam a ter apetência para serem donos de um veículo... Há uma quantidade de condicionantes que irão influenciar o negócio do aftermarket independente. Este observatório vai ser muito abrangente e vai dar indicadores através da estatística e dos factos que fazem parte do passado e que são uma boa perspetiva de futuro, que nos ajudam a orientar e a ter um seguimento para fazermos a nossa gestão dentro do setor. Por isso, este www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com 2019 I Abril