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Líderes contagiosos
Não necessariamente têm perfil de tirano ou são
maldosos. Há líderes contagiosos com boas intenções,
mas pouco autoconhecimento.
Prometem e criam expectativas que muitas vezes não
poderão ser cumpridas.
Manipulam as emoções de seus liderados.
Pensam apenas nos resultados, sem avaliar os impactos
das emoções que o processo pode ocasionar.
Não são claros nem transparentes em suas ações,
deixando dúvidas e insegurança frequentes em seus
liderados quanto à melhor conduta e ao melhor
crescimento.
Respondem à dor emocional de maneira nociva.
Provocam traumas, doenças físicas e fraturas emocionais.
Desequilibram a equipe muitas vezes com boas intenções,
sem perceber o que estão fazendo.
Puxam o tapete do liderado.
Líderes contagiantes
Você os reconhece de longe. São aqueles que têm o poder
de iluminar o ambiente pelo simples fato de estarem ali.
São coerentes e consistentes em suas ações.
Cuidam das emoções de seus liderados.
Avaliam os impactos das emoções diante dos resultados
esperados.
São transparentes em suas ações e compartilham
informações que possam levar os liderados ao
crescimento.
Respondem à dor emocional de maneira curativa.
Deixam um legado para toda a vida.
Promovem o equilíbrio da equipe, sabendo o que estão
fazendo.
Estendem o tapete para o liderado passar.
“Nove em cada
dez pessoas têm
problemas com
seus líderes,
trabalham sob
pressão e ficam
doentes. E,
apesar de muitas
vezes passarem
diversos meses
do ano doentes
– porque vivem
em uma empresa
doente e têm um
líder doente –,
elas não
percebem que
essa é a causa de
toda a dor.
Portanto, ao
notar que o
problema está na
liderança, que é
tóxica, só há uma
coisa a fazer:
pedir demissão!”
VendaMais – Sua tese de mestrado – e, consequentemente,
seu livro – tem a neuroliderança como ponto de partida.
Vamos começar falando sobre esse conceito, então?
Alessandra Assad – Antes de falar do conceito em si,
precisamos falar sobre biologia humana.
O cérebro humano é dividido em três partes:
1 Cérebro reptiliano – Mais antigo, mais instintivo,
responsável pelo mecanismo de luta e fuga,
pelo piloto automático, pelo instinto de sobrevivência,
por coisas que fazemos sem pensar (por
exemplo: quando levamos um susto, é o reptiliano
que está comandando nossas reações).
1 Cérebro límbico – É a parte do meio do cérebro e
é a maior, em termos físicos. Ali está a inteligência
emocional, as emoções e a percepção do consciente.
1 Córtex – Fica em volta do cérebro límbico e é
costumeiramente chamado de “massa cinzenta”.
Essa é a parte do cérebro responsável pelo raciocínio,
pela reflexão, pela lógica.
Dito isso, para chegar à neuroliderança, precisamos
falar sobre a evolução da visão da liderança
tradicional ao longo do tempo.
Antigamente, os líderes se preocupavam com a
questão estratégica e lógica na hora de desempenhar
suas funções. Há alguns anos, porém, esse líder que
só utilizava o córtex passou a ser recriminado e considerado
frio, calculista, insensível. Então, passou-se
a valorizar aquele líder que tinha inteligência emocional;
ou seja, que usava o cérebro límbico em suas
tarefas como gestor. E a questão da razão foi deixada
de lado. Era só a emoção que importava. O que aconteceu?
A balança ficou desequilibrada novamente,
mas dessa vez para o outro lado.
Isso tudo era o resultado da evolução da visão da
liderança tradicional. Porém, o que a neuroliderança
defende é que é preciso usar as três partes do cérebro
ao mesmo tempo para ser um bom gestor. Não basta
usar só o límbico, só o reptiliano ou só o córtex. Razão,
emoção e lógica precisam caminhar juntas.
Isso requer líderes mais preparados e que entendam
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