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PESQUISA<br />
Estudo da PwC mostra que venda<br />
pelo celular triplicou em seis anos<br />
Global Consumer Insights <strong>2019</strong> diz ainda que 58% dos brasileiros querem<br />
usar métodos <strong>de</strong> pagamento mais rápidos e fáceis para reduzir filas<br />
Felipe Turlão<br />
uso dos smartphones para<br />
O compras tem crescido no<br />
Brasil, segundo aponta o estudo<br />
Global Consumer Insights<br />
<strong>2019</strong>, produzido pela PwC, que<br />
ouviu 21 mil consumidores em<br />
27 países, entre eles o Brasil. Entre<br />
20<strong>13</strong> e <strong>2019</strong>, o percentual <strong>de</strong><br />
brasileiros que afirmam realizar<br />
compras pelo celular ao menos<br />
uma vez por mês mais do que<br />
triplicou, indo <strong>de</strong> 15% para 50%.<br />
Nesse mesmo período, os outros<br />
meios <strong>de</strong> compra <strong>de</strong>caíram ou<br />
cresceram pouco: lojas físicas<br />
(<strong>de</strong> 70% para 62%); online via PC<br />
(<strong>de</strong> 69% para 59%) ou online via<br />
tablet (<strong>de</strong> 20% para 29%).<br />
Em paralelo, o brasileiro<br />
também está cada vez mais exigente<br />
na hora <strong>de</strong> consumir em<br />
lojas físicas: quando perguntados<br />
sobre a importância <strong>de</strong> se<br />
ter uma experiência <strong>de</strong> compra<br />
agradável, o brasileiro <strong>de</strong>u respostas<br />
acima da média global:<br />
58% querem usar métodos <strong>de</strong><br />
pagamento mais rápidos e fáceis<br />
para reduzir filas, contra<br />
50% da média global. Além disso,<br />
cerca <strong>de</strong> 54% disseram que<br />
dão importância a ven<strong>de</strong>dores<br />
com profundo conhecimento<br />
dos produtos e outros 43% afirmaram<br />
que, ao visitar uma loja<br />
física, é importante que ela disponibilize<br />
internet rápida e <strong>de</strong><br />
fácil acesso.<br />
“Isso mostra que empresas<br />
em atuação – ou que querem<br />
investir no Brasil – <strong>de</strong>vem aliar<br />
a experiência <strong>de</strong> compra à tecnologia<br />
e à qualida<strong>de</strong> do atendimento.<br />
No Brasil, temos diversos<br />
casos <strong>de</strong> varejistas que<br />
estão caminhando neste sentido,<br />
implementando, por exemplo,<br />
chatbots que auxiliam, via<br />
inteligência artificial, a jornada<br />
online <strong>de</strong> compras <strong>de</strong> seus consumidores”,<br />
afirma Ricardo Neves,<br />
sócio da PwC Brasil e lí<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> mercados <strong>de</strong> consumos.<br />
Os dados mostram ainda<br />
uma outra conclusão interessante:<br />
apesar <strong>de</strong> todo o avanço<br />
Uso <strong>de</strong> smartphones cresce globalmente e Brasil é um dos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong>sse comportamento, <strong>de</strong> acordo com pesquisa da PwC<br />
do e-commerce no mundo, a<br />
loja física ainda é atrativa para<br />
os compradores. “Empresas<br />
muitas vezes recorrem à tecnologia<br />
como forma <strong>de</strong> prover<br />
uma melhor experiência do<br />
consumidor, mas a forma com<br />
que o atendimento é feito é tão<br />
– ou mais – importante para fi<strong>de</strong>lizá-lo”,<br />
completa Neves.<br />
O estudo indicou ainda tendências<br />
em segmentos específicos,<br />
como mídia e entretenimento.<br />
Os brasileiros têm uma<br />
gran<strong>de</strong> propensão a recorrer a<br />
novos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
como primeira fonte <strong>de</strong> informação.<br />
O estudo indica que<br />
52% dos respon<strong>de</strong>ntes do país,<br />
quando precisam se informar,<br />
recorrem primeiro a mídias<br />
“novas” como publicações digitais,<br />
notificações por aplicativos,<br />
blogs e e-mails. O índice<br />
é superior à média global, que<br />
ficou em 36%.<br />
A segunda preferência <strong>de</strong><br />
informação no Brasil é através<br />
<strong>de</strong> canais <strong>de</strong> mídia social, como<br />
Facebook, Twitter, YouTube<br />
e Instagram, com 36% dos entrevistados<br />
garantindo que vão<br />
“EmprEsas<br />
dEvEm aliar<br />
a ExpEriência<br />
dE compra à<br />
tEcnologia E à<br />
qualidadE do<br />
atEndimEnto”<br />
direto a esses ambientes para<br />
se atualizar. Já 17% das pessoas<br />
usam mídias tradicionais como<br />
fonte preferencial, incluindo<br />
TV, rádio, jornais e revistas.<br />
Outro dado que chama a<br />
atenção na esfera <strong>de</strong> mídia é<br />
que, tanto no Brasil quanto no<br />
mundo, mais da meta<strong>de</strong> dos<br />
integrantes da geração Z (nascidos<br />
<strong>de</strong> 1994 para frente) usam<br />
serviços <strong>de</strong> streaming pelo menos<br />
uma vez por dia.<br />
Outros segmentos estudados<br />
foram automotivo, saú<strong>de</strong> e serviços<br />
financeiros. Cerca <strong>de</strong> 28%<br />
dos brasileiros, por exemplo, se<br />
interessaram pela possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ter um carro autônomo neste<br />
momento, enquanto outros<br />
31% consi<strong>de</strong>ram esta hipóte-<br />
FG Tra<strong>de</strong>/iStock<br />
se em um futuro próximo. Por<br />
outro lado, apenas 8% não têm<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer essa aquisição,<br />
mostrando a gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />
que as montadoras<br />
têm <strong>de</strong> investir em tecnologias<br />
que possibilitam a sua existência<br />
nos próximos anos.<br />
Na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, chama a<br />
atenção que os consumidores<br />
estão aptos a adquirir aplicativos<br />
<strong>de</strong> celulares que complementam<br />
os acompanhamentos<br />
médicos: cerca <strong>de</strong> 45% dos<br />
respon<strong>de</strong>ntes brasileiros (e globais)<br />
utilizam esses métodos,<br />
com <strong>de</strong>staque para os aplicativos<br />
que monitoram os benefícios<br />
<strong>de</strong> exercícios físicos e os sinais<br />
vitais. Por fim, a avançada<br />
união entre tecnologia e serviços<br />
financeiros no Brasil reflete<br />
o interesse da população: 58%<br />
dos consumidores brasileiros<br />
usaram smartphone para pagar<br />
contas e or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> pagamento<br />
no último ano. Em relação à<br />
transferência <strong>de</strong> dinheiro online,<br />
essa prática é utilizada por<br />
61% dos brasileiros, contra 51%<br />
dos respon<strong>de</strong>ntes no resto do<br />
mundo neste mesmo período.<br />
jornal propmark - <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> 53