Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Em Foco<br />
Francisco José Ribeiro Miguel, ladeado pelos<br />
filhos, junto da sua equipa, nas amplas instalações<br />
da Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã. Em cima,<br />
foto <strong>dos</strong> tempos em que o fundador da Auto<br />
<strong>Pneus</strong> da Covilhã trabalhava na Covipneus<br />
e repara<strong>dos</strong>. Quanto sofriam um golpe, eram<br />
repara<strong>dos</strong>. Daí ter optado por aperfeiçoar-me<br />
nesta área”, sublinha. Trabalhou com casas de<br />
renome, na época, com profissionais muito<br />
conhecedores, caso de Abel Serra Proença (já<br />
falecido). Na RioMar, ainda hoje importadora<br />
das borrachas Tip Top, em1987, tirou um curso<br />
de vulcanização de pneus. O patrão não sabia.<br />
“Disse-lhe que estava doente e tinha de ir ao<br />
médico, mas ia a Lisboa às aulas”, conta. Um<br />
ano mais tarde, em 1988, tirou outro curso.<br />
Desta vez, na reparação de telas nas britadeiras.<br />
“Foi uma mais-valia para o meu futuro na<br />
profissão. Aprendi mesmo muito”, reconhece.<br />
O último patrão para quem trabalhou foi<br />
João Almeida, já protagonista da rubrica<br />
Máquina do Tempo da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
“Na altura, comprou a Electro Vulcanizadora<br />
da Covilhã, onde eu trabalhava e passou<br />
a designar-se Covipneus. Ainda existe no<br />
Fundão, mas não na Covilhã”. Quando decidiu<br />
estabelecer-se por conta própria, João<br />
Almeida ainda procurou aumentar-lhe o<br />
ordenado. Em vão. “Estava convicto. Devia<br />
tê-lo feito muito antes. Tinha os conhecimentos,<br />
a experiência e os clientes também.<br />
Muitos deles vieram comigo”, recorda<br />
à nossa revista.<br />
DIA DA INDEPENDÊNCIA<br />
Para a Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã, os primeiros<br />
tempos não foram fáceis. Nunca são. Mas, a<br />
pouco e pouco, foi conquistando o mercado<br />
da região. Até que, em 2004, há 15 anos,<br />
mudou-se para as amplas e bem equipadas<br />
instalações que ainda hoje ocupa. “Mudámos<br />
por uma questão de espaço. Para podermos<br />
alargar o nosso leque de clientes, porque<br />
estávamos num local onde os camiões<br />
não conseguiam fazer as suas manobras”,<br />
conta. Mal a câmara local abriu o terreno à<br />
construção do parque industrial, Francisco<br />
José Ribeiro Miguel não hesitou. Arriscou.<br />
Investiu. Desbravou mato, até porque nunca<br />
teve medo de meter as mãos ao trabalho<br />
duro. “Foi complicado, na altura, porque não<br />
tínhamos capitais próprios e recorremos à<br />
banca. Mas os nossos clientes apoiaram-nos<br />
imenso. Deram-nos muita força para investir<br />
em máquinas novas. E conseguimos criar<br />
condições para, inclusivamente, receber dois<br />
camiões, dentro do pavilhão. E trabalhá-los,<br />
em simultâneo. Criámos as boxes de montagem<br />
e desmontagem”, revela o fundador.<br />
“Estabelecer-me por conta própria foi a melhor das<br />
decisões. Devia tê-lo feito antes. tinha o conhecimento”<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019