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Revista dos Pneus 56

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Em Foco<br />

Francisco José Ribeiro Miguel, ladeado pelos<br />

filhos, junto da sua equipa, nas amplas instalações<br />

da Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã. Em cima,<br />

foto <strong>dos</strong> tempos em que o fundador da Auto<br />

<strong>Pneus</strong> da Covilhã trabalhava na Covipneus<br />

e repara<strong>dos</strong>. Quanto sofriam um golpe, eram<br />

repara<strong>dos</strong>. Daí ter optado por aperfeiçoar-me<br />

nesta área”, sublinha. Trabalhou com casas de<br />

renome, na época, com profissionais muito<br />

conhecedores, caso de Abel Serra Proença (já<br />

falecido). Na RioMar, ainda hoje importadora<br />

das borrachas Tip Top, em1987, tirou um curso<br />

de vulcanização de pneus. O patrão não sabia.<br />

“Disse-lhe que estava doente e tinha de ir ao<br />

médico, mas ia a Lisboa às aulas”, conta. Um<br />

ano mais tarde, em 1988, tirou outro curso.<br />

Desta vez, na reparação de telas nas britadeiras.<br />

“Foi uma mais-valia para o meu futuro na<br />

profissão. Aprendi mesmo muito”, reconhece.<br />

O último patrão para quem trabalhou foi<br />

João Almeida, já protagonista da rubrica<br />

Máquina do Tempo da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

“Na altura, comprou a Electro Vulcanizadora<br />

da Covilhã, onde eu trabalhava e passou<br />

a designar-se Covipneus. Ainda existe no<br />

Fundão, mas não na Covilhã”. Quando decidiu<br />

estabelecer-se por conta própria, João<br />

Almeida ainda procurou aumentar-lhe o<br />

ordenado. Em vão. “Estava convicto. Devia<br />

tê-lo feito muito antes. Tinha os conhecimentos,<br />

a experiência e os clientes também.<br />

Muitos deles vieram comigo”, recorda<br />

à nossa revista.<br />

DIA DA INDEPENDÊNCIA<br />

Para a Auto <strong>Pneus</strong> da Covilhã, os primeiros<br />

tempos não foram fáceis. Nunca são. Mas, a<br />

pouco e pouco, foi conquistando o mercado<br />

da região. Até que, em 2004, há 15 anos,<br />

mudou-se para as amplas e bem equipadas<br />

instalações que ainda hoje ocupa. “Mudámos<br />

por uma questão de espaço. Para podermos<br />

alargar o nosso leque de clientes, porque<br />

estávamos num local onde os camiões<br />

não conseguiam fazer as suas manobras”,<br />

conta. Mal a câmara local abriu o terreno à<br />

construção do parque industrial, Francisco<br />

José Ribeiro Miguel não hesitou. Arriscou.<br />

Investiu. Desbravou mato, até porque nunca<br />

teve medo de meter as mãos ao trabalho<br />

duro. “Foi complicado, na altura, porque não<br />

tínhamos capitais próprios e recorremos à<br />

banca. Mas os nossos clientes apoiaram-nos<br />

imenso. Deram-nos muita força para investir<br />

em máquinas novas. E conseguimos criar<br />

condições para, inclusivamente, receber dois<br />

camiões, dentro do pavilhão. E trabalhá-los,<br />

em simultâneo. Criámos as boxes de montagem<br />

e desmontagem”, revela o fundador.<br />

“Estabelecer-me por conta própria foi a melhor das<br />

decisões. Devia tê-lo feito antes. tinha o conhecimento”<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Setembro 2019

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