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EXAME Abril 2020

Nesta edição analisamos o impacto da crise provocada pelo Covid 19 a nível global, no continente africano e em Moçambique, recorrendo à opinião de diversos especialistas. Mas não só. Procuramos também opiniões de como sair dela. A secção Inovação apresenta um conjunto de iniciativas que se estão a desenvolver para o ataque a este vírus. E a resposta só pode vir da inovação.

Nesta edição analisamos o impacto da crise provocada pelo Covid 19 a nível global, no continente africano e em Moçambique, recorrendo à opinião de diversos especialistas. Mas não só. Procuramos também opiniões de como sair dela.
A secção Inovação apresenta um conjunto de iniciativas que se estão a desenvolver para o ataque a este vírus. E a resposta só pode vir da inovação.

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ECONOMIA DESNUTRIÇÃO<br />

da Plataforma da Sociedade Civil para o<br />

Movimento Scaling Up, uma rede de ONG<br />

que luta para garantir a segurança alimentar<br />

e combate todas as formas de malnutrição,<br />

indicam que, entre 2010 e 2019, apenas<br />

0,013% do Orçamento do Estado foi afectado<br />

à implementação do Plano de Acção<br />

Multissectorial para a Redução da Desnutrição<br />

Crónica (PAMRDC). O Banco Mundial,<br />

por sua vez, recomenda o investimento<br />

de cerca de 10 dólares (620 meticais) por<br />

cada criança menor de 5 anos, um valor que<br />

corresponderia a 1,1% do Orçamento do<br />

Estado. O cenário é preocupante e implica<br />

grandes desafios. No capítulo dos passos a<br />

seguir, o estudo recomenda a “coordenação,<br />

financiamento e monitoria de programas<br />

de segurança alimentar e nutricional<br />

em áreas específicas, o que requer compromissos<br />

por parte do governo, dos parceiros<br />

do sector privado e da sociedade civil,<br />

e tomada de decisões em termos de planificação<br />

e acompanhamento de todas as<br />

intervenções de segurança alimentar nutricional<br />

em Moçambique”. Mas nem tudo<br />

está perdido neste combate à desnutrição.<br />

Da parte do governo existe um com-<br />

PERDAS<br />

1,6 MILHÕES DE DÓLARES<br />

O valor que o país perde anualmente<br />

devido à desnutrição crónica infantil<br />

62 MIL MILHÕES DE METICAIS<br />

Foram perdidos pela economia em 2015<br />

devido à desnutrição infantil<br />

5,2 MIL MILHÕES DE METICAIS<br />

Foi o que se perdeu em 2015 no potencial<br />

de rendimento de 4 milhões de pessoas<br />

envolvidas em trabalhos manuais devido<br />

a desnutrição crónica na infância<br />

18 MIL MILHÕES DE METICAIS<br />

Foi o que se perdeu em produtividade<br />

das pessoas envolvidas em actividades<br />

não manuais<br />

“A NOSSA TAXA DE<br />

DESNUTRIÇÃO CRÓNICA<br />

NÃO MUDOU QUASE<br />

NADA NOS ÚLTIMOS<br />

VINTE ANOS”<br />

Katia Dias, directora nacional do GAIN<br />

promisso grande para reduzir os índices<br />

elevados da desnutrição crónica ao nível<br />

do país, e tal é visto como alta prioridade.<br />

No seu discurso de posse, o Presidente da<br />

República, Filipe Jacinto Nyusi, foi categórico<br />

ao identificar o combate à pobreza<br />

como emergência nacional, e assumir a<br />

segurança alimentar e o combate à desnutrição<br />

crónica como pilares da sua governação.<br />

“Neste quinquénio iremos primar<br />

por um sector agrário diversificado, competitivo<br />

e sustentável, que contribua para a<br />

segurança alimentar e a redução dos índices<br />

de desnutrição crónica. Queremos dar<br />

passos decisivos rumo àquilo a que chamamos<br />

fome zero”, referiu o Presidente. b<br />

FAO<br />

ALIMENTAÇÃO:<br />

Padrões saudáveis são<br />

indispensáveis para<br />

combater a desnutrição<br />

crónica<br />

46 | Exame Moçambique

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