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EXAME Abril 2020

Nesta edição analisamos o impacto da crise provocada pelo Covid 19 a nível global, no continente africano e em Moçambique, recorrendo à opinião de diversos especialistas. Mas não só. Procuramos também opiniões de como sair dela. A secção Inovação apresenta um conjunto de iniciativas que se estão a desenvolver para o ataque a este vírus. E a resposta só pode vir da inovação.

Nesta edição analisamos o impacto da crise provocada pelo Covid 19 a nível global, no continente africano e em Moçambique, recorrendo à opinião de diversos especialistas. Mas não só. Procuramos também opiniões de como sair dela.
A secção Inovação apresenta um conjunto de iniciativas que se estão a desenvolver para o ataque a este vírus. E a resposta só pode vir da inovação.

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GLOBAL DESPORTO<br />

FLAMENGO<br />

SEMPRE?<br />

Campeão brasileiro<br />

e vencedor da Taça<br />

Libertadores, o clube<br />

rubro-negro do Rio de Janeiro<br />

pode ser o primeiro bilionário<br />

do futebol brasileiro.<br />

A questão (para as outras<br />

equipas): haverá um domínio<br />

financeiro e desportivo do<br />

clube mais popular do Brasil<br />

nos próximos anos?<br />

LUCAS AMORIM<br />

Já deve ter ouvido falar no<br />

avançado Gabigol ou no técnico<br />

português Jorge Jesus.<br />

Os dois são os maiores nomes<br />

do Flamengo, campeão brasileiro<br />

de futebol com um recorde de pontos<br />

e também da Libertadores da América,<br />

principal torneio de futebol do continente.<br />

Jesus e Gabigol são símbolos do<br />

bem que a boa gestão pode fazer. Clube<br />

mais bem administrado do país e campeão<br />

em facturação e lucros, o Flamengo<br />

é também agora o melhor em campo.<br />

O capitalismo salvou o Flamengo. Agora<br />

falta salvar o futebol brasileiro. A guinada<br />

no Flamengo começou em 2013, quando<br />

uma equipa formada por executivos com<br />

experiência em grandes empresas assumiu<br />

a gestão do clube. A meta era reduzir<br />

a dívida, então a maior entre os clubes de<br />

futebol do país, acima dos 700 milhões<br />

de reais (cerca de 144 milhões de dólares),<br />

e impulsionar o marketing para fazer<br />

da equipa mais popular do Brasil a campeã<br />

em receitas.<br />

A receita passou de 273 milhões de reais<br />

(56 milhões de dólares), em 2013, para 652<br />

milhões (134 milhões de dólares), nos primeiros<br />

nove meses de 2019 — um valor<br />

que, alavancado pelos títulos, pode alcançar<br />

a emblemática marca de mil milhões<br />

de reais (mais de 200 milhões de dólares).<br />

Os sistemáticos prejuízos converteram-se<br />

num superavit acumulado de 630<br />

milhões de reais (perto de 130 milhões<br />

de dólares) no período, segundo dados<br />

de Amir Somoggi, sócio da consultora<br />

Sports Value, especializada em finanças<br />

do desporto. São números que farão<br />

o Flamengo fechar 2019 como a equipa<br />

que mais factura no Brasil, à frente do<br />

Palmeiras, que facturou 688 milhões de<br />

reais (142 milhões de dólares) em 2018.<br />

A distância para os maiores clubes europeus<br />

continua grande: Barcelona e Real<br />

Madrid facturam mais de 700 milhões<br />

de euros. Mas o Flamengo já está mais<br />

perto de clubes tradicionais na Europa,<br />

como o Atlético de Madrid e o Borussia<br />

Dortmund, que facturam na casa dos 300<br />

milhões de euros. O que falta para o Flamengo<br />

entrar de vez nesse grupo? Claudio<br />

Pracownik, presidente da corretora Genial<br />

Investimentos e presidente da comissão<br />

66 | Exame Moçambique

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