EXAME Abril 2020
Nesta edição analisamos o impacto da crise provocada pelo Covid 19 a nível global, no continente africano e em Moçambique, recorrendo à opinião de diversos especialistas. Mas não só. Procuramos também opiniões de como sair dela. A secção Inovação apresenta um conjunto de iniciativas que se estão a desenvolver para o ataque a este vírus. E a resposta só pode vir da inovação.
Nesta edição analisamos o impacto da crise provocada pelo Covid 19 a nível global, no continente africano e em Moçambique, recorrendo à opinião de diversos especialistas. Mas não só. Procuramos também opiniões de como sair dela.
A secção Inovação apresenta um conjunto de iniciativas que se estão a desenvolver para o ataque a este vírus. E a resposta só pode vir da inovação.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
CARTADODIRECTOR<br />
IRIS DE BRITO<br />
DIRECTORA<br />
O REGRESSO<br />
DA CONFIANÇA<br />
O<br />
mundo despertou este ano para uma pandemia<br />
que não escolhe credos, raças ou<br />
classes sociais, que a todos, do mais vulnerável<br />
ao mais saudável, vai afectar. Para lidar<br />
com ela, a vida vai ter que mudar. Em nome da<br />
defesa da vida. Mais do que pensarmos no que<br />
está para trás, temos de pensar no que podemos<br />
fazer para minimizar os seus impactos e<br />
TODOS TEREMOS<br />
prepararmo-nos para uma nova realidade. Esta<br />
crise passará por três fases: contenção, mitigação DE NOS<br />
e recuperação.<br />
REINVENTAR.<br />
Com maior ou menor celeridade, os países UMA VEZ MAIS<br />
tomaram medidas para conter uma ameaça para<br />
a qual não há ainda uma solução. Mas o conceito de responsabilidade social é<br />
agora cada vez mais importante, à medida que nos apercebemos que os estados<br />
não têm capacidade para lidar com esta crise sozinhos. Os empresários vencedores<br />
serão aqueles que, enfrentando um mar de desafios, como todos, se<br />
irão comportar como comandantes em tempos de guerra, fazendo tudo para<br />
defender as suas tropas, sem se esquecerem da importância de comunicar com<br />
os seus clientes, e pensando em novas alternativas de negócio quando possível.<br />
Uma destruição massiva dos postos de trabalho vai acontecer em muitos<br />
sectores. Os esforços no sentido da protecção do trabalho deverão eventualmente<br />
incidir nos sectores com maiores perspectivas de sobrevivência, havendo<br />
apoios para reconversão nos outros. Esta é uma escolha difícil mas que deve<br />
ser ponderada. Na guerra por vezes é necessário sacrificar um braço para salvar<br />
uma vida. Só depois se podem pensar em próteses.<br />
Os apoios económicos a nível global, de uma dimensão absolutamente inédita,<br />
irão ajudar no longo prazo a mitigar os impactos económicos da crise.<br />
Mas serão tanto mais eficientes quanto mais reduzida for a fase de contágio,<br />
ou seja, quanto menor o peso da destruição económica.<br />
Em épocas de incerteza, todas as previsões económicas são difíceis.<br />
No entanto, exceptuando para alguns economistas mais conservadores, como<br />
Nouriel Roubini, prevalece a ideia de que a recuperação irá trazer fases de crescimento<br />
acelerado em 2021, ou ainda no último trimestre de <strong>2020</strong>.<br />
A China apresentou em Março indicadores de produção acima da expectativa<br />
dos analistas, demonstrando o regresso a uma quase normalidade.<br />
No entanto, o lockdown cada vez mais global e a própria redução do consumo<br />
interno irão reflectir-se numa progressão lenta da actividade industrial que terá<br />
consequências ao nível do emprego, não só na China mas em todo o mundo.<br />
Numa economia global todos sofreremos os impactos da presente crise, mas<br />
devemos perceber que o mundo tenderá para um novo equilíbrio. Para isso<br />
todos teremos de nos reinventar. Uma vez mais.b<br />
Edifício Rovuma, Rua da Sé, n.º 114,<br />
Escritório 109<br />
MAPUTO, MOÇAMBIQUE<br />
geral@examemocambique.co.mz<br />
Directora: Iris de Brito<br />
Director Executivo: Luis Faria<br />
(luis.faria@luisfaria.com)<br />
Arte: Pedro Bénard<br />
Colaboradores Regulares:<br />
Valdo Mlhongo,<br />
Thiago Fonseca (crónica),<br />
Edilson Tomás (fotografia),<br />
e Pedro Pinguinha (arte final)<br />
Colaboraram nesta edição:<br />
Filipe Serrano, Ivan Padilla, Lucas Amorim,<br />
Lucas Agrela, Luís Fonseca, Paula Rocha, Rodrigo<br />
Caetano..<br />
Direitos Internacionais:<br />
<strong>EXAME</strong> Brasil (texto e imagens),<br />
AFP, Graphic News e IStockPhoto<br />
Coordenação Geral: Marta Cordeiro (projecto),<br />
Inês Reis (arte)<br />
Multimédia e Internet: Plot.<br />
www.examemocambique.co.mz<br />
PUBLICIDADE<br />
+258 843 107 660<br />
comercial@examemocambique.co.mz<br />
Comercial: Gerson dos Santos<br />
ASSINATURAS<br />
Moçambique: Nádia Pene, +258 845 757 478<br />
Portugal: Ana Rute Sousa, +351 213 804 010<br />
assinaturas@examemocambique.co.mz<br />
REDACÇÃO<br />
+ 258 21 322 183<br />
redaccao@examemocambique.co.mz<br />
Produção: Ana Miranda<br />
Número de registo: 09/GABINFO - DEC/2012<br />
Tiragem: 10 mil exemplares<br />
Distribuição:<br />
Moçambique: Flotsan, Bairro Patrice Lumumba,<br />
Rua “A” Casa 242, Matola<br />
Tel.: +258 84 492 2014; +258 82 301 3211.<br />
e-mail: mozadmin@africandistribution.net<br />
Portugal: VASP, MLP Quinta do Grajal, Venda Seca<br />
2739-511 Agualva Cacém Tel.: +351 214 337 000<br />
Impressão: Minerva Print<br />
Av. Mohamed Siad Barre, n.º 365<br />
Maputo<br />
A revista <strong>EXAME</strong> (Moçambique) é um<br />
licenciamento internacional da revista <strong>EXAME</strong><br />
(Brasil), propriedade da Editora <strong>Abril</strong>.<br />
Sociedade Moçambicana<br />
de Edições, Lda.<br />
Director-Geral<br />
Miguel Lemos<br />
Conselho de gerência<br />
Luís Penha e Costa<br />
Rui Borges<br />
António Domingues<br />
6 | Exame Moçambique