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A CONQUILIOMANIA E O MUSEU<br />
As conchas sempre exerceram um<br />
grande fascínio sobre o homem. Já foram<br />
utilizadas como mo<strong>ed</strong>a, especialmente na<br />
África e na Ásia e em atividades religiosas<br />
até hoje. Atualmente, o número de colecionadores<br />
é impressionante em todo o<br />
mundo, bem como o número de clubes<br />
e associações de conquiliófilos.<br />
Existem muitas empresas que trabalham<br />
o assunto com finalidades puramente<br />
comerciais, pois afinal, certas conchas<br />
podem valer até alguns milhares de dólares.<br />
A criação de tais moluscos em condições<br />
especiais pode ser extremamente<br />
rentável.<br />
Deixando de lado a parte gastronômica<br />
que envolve as ostras, mariscos, mexilhões,<br />
lulas, polvos, além da exploração e<br />
produção de pérolas, falemos apenas da<br />
conquiliomania. As conchas são realmente<br />
grandes obras de arte da natureza.<br />
Quase todo mundo já andou pela<br />
praia, encontrou e apanhou uma concha.<br />
Parece um momento de sorte ou prazer. A<br />
idéia de fazer uma pequena coleção passa<br />
pela cabeça e se tivermos uma criança<br />
ao lado para assumir a responsabilidade,<br />
uma coleção já é provisoriamente estabelecida.<br />
Em fevereiro de 2009, o Museu de<br />
História Natural de Taubaté, com o apoio<br />
do Prof. Dr. Luiz Ricardo Simone, do Museu<br />
de Zoologia da USP, um dos maiores<br />
nomes da malacologia (estudo dos moluscos)<br />
mundial e com o apoio de duas<br />
grandes empresas brasileiras em conquiliomania,<br />
inicia a reestruturação de uma<br />
pequena coleção de conchas.<br />
Atualmente, depois de um ano, os<br />
resultados começam a aparecer. Para começar,<br />
o museu está organizando uma<br />
exposição com pouco mais de 600 conchas,<br />
pertencentes à cerca de 70 famílias<br />
de moluscos de todo o mundo; cheia de<br />
detalhes e ainda inacabada, essa coleção<br />
já é mais um destaque do Museu. Por falta<br />
de espaço, o museu não pode se referir<br />
às outras importâncias dos moluscos,<br />
mas salienta as espécies que transmitem<br />
doenças como a Esquistossomose entre<br />
outras.<br />
Para aqueles que se apaixonarem pelo<br />
assunto (o que é fácil), recomendamos<br />
consultar os sites: www.maramar.ind.br<br />
e www.femorale.com.br, duas empresas<br />
brasileiras de grande envergadura.<br />
Acima: Clangulus, bastante pequeno, porém rico<br />
em cores e detalhes. Abaixo, da esquerda para<br />
direita: O Dendropoma, um caramujo primitivo<br />
que parece ainda não ter aprendido a se enrolar.;<br />
Parte da exposição de conchas sendo organizada<br />
no MHNT; Xenophora, uma concha que<br />
enquanto cresce, acrescenta outras conchas ou<br />
fragmentos na sua própria.<br />
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