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Chicos 64 - 10.04.2021

Chicos é uma publicação literária que circula apenas pelos meios digitais. Envie-nos seu e-mail e teremos prazer de te enviar nossas edições. A linha editorial é fundamentalmente voltada para a literatura dos cataguasenses, mas aberta ao seu entorno e ao mundo. Procura manter, em cada um dos seus números, uma diversidade temática.

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Fotografia

Chicos

*Enzo Menta

No início do século XIX, surgiram as primeiras

imagens reconhecidas como fotografia.

Até então, as imagens de paisagens, pessoas e

objetos eram obras de pintores, que quanto mais

se aproximassem do real, melhor seriam. Com

seu surgimento, começaram as especulações sobre

o fim da pintura, inspirando movimentos onde

as imagens passaram a ser modificadas, distorcidas,

pois o papel de ser fiel à realidade seria

das câmeras.

Como todo novo invento, era coisa cara e

para poucos. A figura do fotógrafo ou retratista

era comum em grandes eventos e seus serviços

eram um luxo. Na minha casa tinha uma caixa

de sapatos, guardada em um armário na copa,

cheia de fotografias em preto e branco e algumas

coloridas. A maioria de gente que nunca vi.

Avós, tios, primos, amigos da família e algumas

dos pais e de nossa infância. Fascinavam-me as

feitas pelo Comello. Seu estúdio era na Rua Marechal

Deodoro, onde nasci. As fotografias eram

de uma perfeição impressionante e levavam a

sua assinatura. Às vezes, íamos a casa onde eles

moravam e realizavam seu trabalho. Eu observava

tudo, impressionado.

Posteriormente, me lembro do Sr. Rúbens

Furforo, responsável pelo registro de alguns aniversários

e eventos em nossa casa. A molecada

em volta, pentelhando, pedindo fotografias, coisas

que os pais não autorizariam e nem pagariam,

pois era artigo caro. Ele sempre simpático,

disparava o flash em nossa direção e assim nos

enganava, fingindo que havia feito a foto.

Segundo Carrara Neto, minha fonte fidedigna,

alguns italianos registraram imagens históricas

de Cataguases. Landoes, em 1910, foi um

deles e depois se tornou correspondente de

guerra. Seu ateliê era onde se situa a loja Nacional,

ao lado do Banco do Brasil. As fotografias

de 1890 a 1920 são dele. Depois, veio Yannini,

mestre do Rúbens Furforo. Suas fotos foram doadas

para o arquivo público municipal há quatro

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