Revista Empresários Ediçao Especial Dezembro 2021
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Recolocação na maturidade – Por: Hugo Capobianco ,Especialista em carreira na
Consultoria LHH
Sem dúvida você já ouviu que o mercado
de trabalho está cada vez mais
condensado, competitivo e exigente no
que diz respeito à novas
habilidades. E com mais de 14 milhões
de desempregados no Brasil,
segundo dados da Pnad Contínua, a
recolocação profissional se torna
extremamente acirrada. Esse desafio é
ainda mais difícil para as pessoas
com mais de 50 anos. Para ter ideia, a
taxa de ocupação no ano passado
entre os profissionais com idade, entre
55 e 59 anos, ficou em 51%.
Isso ocorre porque mesmo com o sucesso
da inclusão de profissionais
seniores, muitos empregadores ainda
têm a visão errônea de que este
perfil de mão de obra está desatualizado
no que diz respeito às novas
tecnologias e processos, têm maior dificuldade
em de adaptação e,
consequentemente, resistência às mudanças
e que não possui habilidades
exigidas atualmente no mercado de
trabalho. Mas é o contrário, aqueles
com mais de 50 anos estão extremamente
ativos e produtivos, vide a
longevidade dos brasileiros, que segundo
o IBGE, é de 76,6 anos.
Mas, você deve estar se perguntando:
então, o que esse candidato de mais
de 50 anos pode fazer para mudar essa
realidade?
É preciso que ele tente vencer os estereótipos,
mostrando suas
habilidades e bagagem de conhecimento
e experiência, elementos que são
essenciais em empresas bem sucedidas
e, inclusive, para tranquilizar os
talentos mais jovens. Contudo, para
isso é preciso que ele siga uma
trilha de cinco pontos fundamentais.
O primeiro sem dúvida é fazer um processo
de autoconhecimento,
analisando onde está, qual sua situação
atual e onde quer chegar.
Identificar de forma clara quais são
suas habilidades e os pontos que
precisam ser aprimorados. É preciso
que o profissional maduro pense de
maneira ampla para poder ter um portfólio
de habilidades para ofertar ao
mercado. Outro ponto importante é se
manter conectado e atualizado com o
que acontece a sua volta, as tecnologias
e inovações e, claro, sobre o
mercado que deseja atuar.
Esses são fatores essenciais nas relações
de trabalho e, consequentemente, para
o aperfeiçoamento profissional.
Não ficar preso ao passado e há certos
padrões também pode ajudar a sair
na frente na hora da recolocação.
Afinal, vivemos no mundo VUCA
(Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo)
e aqueles que possuem mais
adaptabilidade se destacam naturalmente
no mercado de trabalho.
Paraisso é preciso, por exemplo, estar
a berto a atuar em formatos diferentes
de trabalho, como autônomo, carteira
assinada, associado, MEI (Micro
Empreendedor Individual) etc., uma
vez que isso aumenta o leque de
oportunidades e demonstra que ele
não é resistente as novas tendências.
Outro ponto fundamental é investir na
rede de networking e mantê-la
aquecida através de encontros virtuais,
troca de mensagens, ajuda com
informação ou indicação a seus pares.
Não tem mistério! O networking é o
mesmo, o que muda é apenas a forma
que ele ocorre, agora no meio online
devido á pandemia. Muitos profissionais
apenas usam essa rede de
relacionamento para pedir uma colocação.
Resultado: a chance de
conquistar o que quer reduz consideravelmente,
já que não é um ambiente
apenas para entrar e pedir um “favor”,
mas sim um ambiente de troca.
Logo, é importante que o profissional
também contribua com ideias,
indicações e até mesmo parabenize os
seus pares por algumas conquistas.
São pequenos gestos que fazem diferença
no momento da recolocação.
Esses são aspectos mais subjetivos para
tentar vencer a barreira do
estereótipo do mercado de trabalho
que muitas vezes não prioriza o
profissional maduro, mas se pode deixar
de lado também ferramentas como
um currículo claro e assertivo, no qual
estão destacadas as habilidades
e projetos que o profissional esteve à
frente e como isso fez diferença
para a empresa que atuava.
Agora, sem dúvida, esse não é um processo
fácil para se fazer sozinho.
Nessa hora, para aqueles que se sentem
perdidos e não sabem por onde e
como começar devem contar com
apoio de um serviço de transição de
carreira. Afinal, é através dele que ele
conseguirá traçar um plano
estratégico para conseguir aquela
oportunidade que tem sinergia com o
seu perfil e de forma mais otimizada.
Sem falar que a ajuda de um
consultor para lhe preparar para entrevistas
de emprego, posicionamento
correto nas redes sociais, entre outras
coisas, fará com que você saia
na frente dos outros candidatos.
Até porque como diz o velho ditado:
“uma andorinha só não faz verão”.
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