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Revista Empresários Ediçao Especial Dezembro 2021

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Motivação na educação à distância – Por: Alan Dantas é Head of Online

Education da EBAC Online.

educação online tem tomado cada vez

A mais espaço em diversos países.

No Brasil, é crescente o número de empresas

que contratam profissionais técnicos e

criativos, com cursos profissionalizantes

livres, e deixam de exigir diploma universitário.

Podemos dizer que este é um grande

passo em direção à igualdade de acesso

a empregos técnicos e melhores salários.

Mas ainda existem dificuldades.

Além da credibilidade de seus certificados

– o que tem melhorado gradualmente -,

um dos principais desafios que a educação

à distância enfrenta é, sem dúvida, a motivação

e dedicação dos alunos.

Diversas estratégias e tecnologias têm sido

criadas para resolver o problema do

interesse e foco nos estudos online.

E é exatamente sobre isso de que vou falar

a seguir.

Existem duas formas principais de motivar

alguém: intrinsecamente e extrinsecamente,

que basicamente são motivações internas

e externas.

Enquanto a motivação intrínseca é baseada

nos valores, interesses e desejos da pessoa,

a motivação extrínseca é gerada pelo

ambiente e situações externas, que motivam

a pessoa a continuar, mesmo com

adversidades.

Com o advento das EdTechs, ou empresas

de tecnologias educacionais,

diversas estratégias de ensino e soluções

tecnológicas foram desenvolvidas para gerar

motivação intrínseca e extrínseca em

seus alunos. Desde a geração de personas

de aprendizado, à produção de conteúdo,

com frases e dados estrategicamente localizados

na interface

de aprendizagem, para gerar motivação

nos alunos escolhidos.

As possibilidades são diversas, mas antes

é importante entender seu público e qual

tipo de motivação se quer criar em cada

momento da trilha de aprendizagem.

A melhor forma de decidir entre motivação

intrínseca e extrínseca, ao desenhar

uma experiência de aprendizagem digital,

é pensar se a teoria da autodeterminação

está sendo respeitada e estimulada no

comportamento das pessoas.

Teoria da autodeterminação – A teoria da

autodeterminação promove a ideia de que

todas as pessoas são motivadas por necessidades

de autonomia e relacionamentos

sociais positivos, que são diretamente

ligados à aquisição e demonstração bem-

-sucedida de novas competências.

– Autonomia é a necessidade das pessoas

de alterarem suas realidades e ambientes

por meio de escolhas feitas por elas. Isso

significa que, mesmo dentro de uma trilha

de aprendizagem fixa, é importante que a

pessoa aprendiz sinta-se livre para escolher

alguns fatores de sua

experiência.

– Relacionamentos sociais positivos são

aqueles em que a pessoa se sente parte importante

e funcional de um grupo.

No aprendizado online, isso significa que

mesmo ao falhar, a pessoa continua valorizada

e apta a colaborar com suas competências

já adquiridas.

– Competência se refere à vontade de

passar por novos desafios e superá-los,

que pode ser estimulada por correção de

exercícios feita portutores especialistas, estratégias

de agrupamento de estudantes,-

correção em pares e discussões técnicas e

outras estratégias de socialização e conscientização

do progresso feito.

Mesmo com todas estas teorias, estratégias

e soluções tecnológicas à disposição,

é preciso entender o público alvo de cada

produto educacional para que tudo isso se

encaixe e funcione como planejado.

Existem diversas técnicas de criação deste

público alvo ou persona de aprendizagem.

Uma das principais é o Design Thinking,

que promove uma tempestade de ideias

para solução de problemas e geração de

conceitos baseando-se em diversas teorias

e diagramas que auxiliam no agrupamento

social, técnico e intelectual das pessoas

aprendizes.

Como mencionadas na apresentação sobre

Design Thinking, algumas das principais

informações usadas para refinamento de

personas de aprendizagem são:

Idade;•

Localização;•

Interesses e cultura;•

Competências e educação formal;•

Grupo da Pirâmide de Maslow;•

Emoções e vieses cognitivos.•

As experiências de aprendizagem digitais

podem ser escaláveis e ainda

motivacionais para a maioria de seus participantes.

Para isso, é necessário definir o

público alvo e planejar o roteiro do conteúdo

e aspectos tecnológicos da entrega

do conteúdo e interação entre aprendizes

e tutores, para que as pessoas aprendizes

se sintam aptas a tomar decisões sobre sua

experiência de aprendizagem, consigam

identificar o progresso na aquisição de

competências e possam compartilhar conhecimento

enquanto socializa com pares.

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