Revista Empresários Ediçao Especial Dezembro 2021
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Capacitar hoje, inovar sempre: a educação como um pilar para os negócios da
próxima década – Por: Flávia Roberta Freitas é líder de Responsabilidade Social
Corporativa na IBM América Latina e Brasil.
Primeiro precisamos incutir em nossa
sociedade que educação e inovação
caminham juntas. Todo o trabalho tecnológico
e científico demanda horas de
estudo e dedicação. Ao mesmo tempo,
cada software desenvolvido, aplicativo
lançado ou linha de código escrita, expande
as fronteiras do conhecimento
e multiplica as possibilidades de inovação.
Desta forma, nada mais natural
que as pessoas precisem de novas competências
para saber usar e lidar com
essas novidades. O desafio aqui é que
o ritmo de aprendizado é muito mais
lento do que o ritmo da inovação.
O setor empresarial – principalmente
quem está à frente do desenvolvimento
de novas tecnologias – não fica de
fora desse movimento. A capacitação
da força de trabalho tem sido uma
das prioridades para lideranças de
todo o mundo, tanto habilidades técnicas
quanto às chamadas soft skills.
O desenvolvimento de competências
também é buscado pelos talentos. De
acordo com um estudo do IBM Institute
for Business Value (IBV), no que
diz respeito aos atributos valorizados
em uma companhia, 36% das pessoas
indicaram a oportunidade para aprendizagem
contínua como prioridade. O
mesmo estudo também mostrou que
25% das pessoas indicaram.
Desafios em encontrar mão-de-obra
especializada no segmento de
tecnologia são latentes, mas não é de
hoje que vivemos esse cenário.
Os desafios em encontrar mão-de-obra
especializada no segmento de tecnologia
são latentes no mercado de trabalho
atual. E não é de hoje que vivemos
esse cenário. Há alguns anos, temos
visto empresas no mundo todo com dificuldades
em contratar e reter talentos
para lidar com tecnologias emergentes,
e como isso se destoa da realidade da
força de trabalho de forma geral.
Afinal, enquanto os últimos dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) indicam milhões de
brasileiros ainda desempregados, o
setor de tecnologia tem crescido e demandado
um número cada vez maior
de profissionais, impulsionado pelo
avanço galopante das inovações tecnológicas
e surgimento quase diários de
aplicativos e soluções digitais. Uma estimativa
da Brasscom (Associação das
Empresas de Tecnologia da Informação
e Comunicação) traz um sinal de
alerta: a demanda por profissionais de
TI e telecomunicação deve chegar a 70
mil por ano até 2024 no Brasil.
Como contornar essa situação?
Neste contexto desafiador, o acesso à
educação e a democratização da tecnologia
são temas urgentes a serem discutidos,
tanto nas instituições de ensino,
quanto dentro das empresas. Nas escolas,
apresentar aos alunos conteúdos
sobre tecnologias emergentes como
computação em nuvem, programação,
inteligência artificial e ciência de dados
é uma estratégia para introduzi-los a
esses conceitos, oferecendo a possibilidade
de desenvolver aptidões técnicas
e até mesmo gerar interesse por algum
tema que os direcionem para uma futura
profissão.
Os professores também devem ser considerados
nesse processo de aprendizado,
para que estejam equipados com
recursos e conhecimentos atualizados
que os permitam guiar os alunos em
sua jornada de formação, trazendo a
tecnologia e a aprendizagem de habilidades
técnicas para dentro da sala de
aula. A proposta é repensar a educação
desde sua base, para que os estudantes
cheguem ao mercado de trabalho com
maior resiliência para lidar com um
ambiente de negócios cada vez mais
competitivo e de rápida transformação.
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