RELATORIO DE GESTAO UNIMED GOIÂNIA 2023

Ações Corretivas_
Eventos adversos, como a maior frequência de atualizações
do rol exemplificativo, maior incidência de liminares e a
imposição do piso da Enfermagem, impeliu a Unimed Goiânia
a adotar medidas enérgicas para assegurar o fechamento de
um resultado líquido satisfatório em 2023.
• Diversificação de produtos com foco na margem,
orientando a carteira para uma composição
característica do setor;
• Implementação/continuidade da Comissão de
Sinistralidade;
• Divulgação dos estudos para reduzir impacto de
atualização do ROL ANS com foco em antineoplásicos,
anticorpo monoclonal e imunossupressores;
• Adoção da remuneração por performance da rede
prestadora;
• Implementação da copartipação para procedimentos
executados nas unidades próprias;
Cenário Setorial
da Saúde Suplementar_
Em 2023, o setor de planos de saúde
enfrentou o desafio de um cenário
preocupante com alta sinistralidade,
resultando em um prejuízo operacional
de R$ 5,1 bilhões no terceiro trimestre.
Apesar das dificuldades, o resultado
financeiro compensou parte dessas
perdas, elevando o lucro líquido agregado
das operadoras para R$ 3,1 bilhões, um
aumento de 227% em relação a 2022.
Ao abordar anos anteriores, destaca-se que parte do
aumento da sinistralidade em 2021 e 2022 está relacionada
à constituição escalonada das provisões técnicas. Essas
provisões, que incluem insuficiência de contraprestações/
prêmios (Pic) e eventos não avisados do Sistema Único
de Saúde (Peona-SUS), começaram a ser reconhecidas em
2021 e atingiram a totalidade no final de 2022. Assim, parte
do aumento da sinistralidade é atribuível a uma base de
comparação suprimida.
Ao mesmo tempo, o número de beneficiários em planos
médico-hospitalares continuou crescendo, atingindo 50,9
milhões, sendo 17% referentes a planos individuais familiares.
Mais de 80% das vidas do setor estiveram, em 2023, em
contratos empresariais, possibilitando renovações com ciclos
de reajustes. O custo assistencial foi impactado pela alta nos
custos com terapias para TEA e TGD, com aumento de 74,4%
nos custos de terapias especiais. O Rol de Procedimentos
também teve incrementos oncológicos de 37,3%.
Durante o ano, houve uma tendência de queda na sinistralidade
média, com a mediana atingindo níveis pré-pandemia. A média
agregada permanece superior à mediana, indicando maior
sinistralidade entre as maiores operadoras. Nas cooperativas
médicas de grande porte, o crescimento do custo superou o
crescimento real de receitas, evidenciando desafios. Analistas
sugerem que o aumento da receita e os reajustes autorizados
não foram suficientes para compensar os altos custos de
tratamentos de saúde. A Fenasaúde destacou a importância
de considerar a sinistralidade das carteiras, a diferença entre
modalidades de negócios, o fim da limitação de terapias e
a velocidade de atualização do Rol de Procedimentos para
acompanhar os custos do setor.
• Redução do excesso de estoque, otimizando as
disponibilidades de caixa;
• Saving de mais de R$ 5,8 milhões resultantes de
negociação com os principais players de materiais
hospitalares e medicamentos.
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