10 de Julho de 2009
Livro de Resumos_miolo - LÃnguas & Educação - Universidade de ...
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Línguas e Educação:uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissional em construção?<strong>10</strong> <strong>de</strong> <strong>Julho</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong>25acordo com as seguintes modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho: texto construído individualmente, textoindividual comentado em grupo-turma e texto final construído em pequeno grupo.Os instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dados utilizados foram as fichas <strong>de</strong> trabalho individual e emgrupo, tendo sido <strong>de</strong>cidido analisar exclusivamente os textos redigidos em pequeno grupo. Aestes dados, e para i<strong>de</strong>ntificação e compreensão das representações dos alunos, foramaplicadas as categorias <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>finidas por Pinto (2005).No que diz respeito às representações da LM, os resultados mostram uma relação com estalíngua bastante complexa, fortemente dominada pela afectivida<strong>de</strong>, em ambas as turmas, oque vai ao encontro das conclusões <strong>de</strong> outros estudos consultados: «a língua portuguesa écomo um mundo, sem ela não seríamos felizes» (7º ano); «… mistura sabores, cores eamores» (11º ano). Os alunos manifestam ainda consciência do papel que a LM po<strong>de</strong> vir a terno seu futuro profissional: «ajuda-nos no futuro para tirarmos um curso e arranjar umemprego» (7º ano). A turma do 11º ano revela ainda uma consciência apurada da relaçãolíngua/história/cultura, valorizando o papel da língua na construção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s individuaise colectivas e <strong>de</strong>stacando a sua presença pelo mundo, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> um conhecimentohistórico implícito. Já os alunos do 7º ano têm uma visão mais pragmática na qual sobressai alíngua como veículo <strong>de</strong> comunicação.Quanto à língua inglesa, ambas as turmas valorizam, antes <strong>de</strong> mais, o seu carácterinternacional, relacionando-o com o po<strong>de</strong>r económico-profissional que representa a aquisição<strong>de</strong>sta língua, bem como com a construção <strong>de</strong> relações inter-pessoais e intergrupais. «Alíngua mais falada em todo o mundo» é, assim, uma expressão recorrente nos nossos dados.De notar ainda que os alunos do 11º ano manifestam uma relação <strong>de</strong> maior proximida<strong>de</strong> paracom o inglês (consi<strong>de</strong>ram-no «fácil <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r para todos os povos», «divertido», realçamalguns aspectos culturais e <strong>de</strong>monstram afectivida<strong>de</strong>: «Quem nunca disse I love you»?).Em síntese, verificam-se imagens diferenciadas sobre as línguas em estudo, LM e ILE, sendoaquelas relativas à LM mais “espessas” e diversificadas, apontando para relações <strong>de</strong> maiorcomplexida<strong>de</strong> e intimida<strong>de</strong>. De realçar ainda a evolução <strong>de</strong>stas imagens ao longo do percursoescolar, no sentido <strong>de</strong> uma aproximação progressiva dos alunos a ambas as línguas, fruto <strong>de</strong>uma consciência crescente das relações que a língua estabelece com a história, a cultura, aconstrução dos indivíduos, dos povos e das suas relações.