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Comunicação Interna e Cultura Organizacional

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veículos que procuravam trabalhar na esfera do<br />

motivacional, como o BIP, o BIP Eletrônico e o<br />

Vídeo BIP, o discurso se limitava ao exortativo:<br />

exortava-se o fiel cumprimento da instrução X,<br />

exortava-se a manutenção dos princípios<br />

organizacionais, exortava-se, exortava-se... Na<br />

ausência de informações que realmente<br />

orientassem e explicassem o porquê da norma, ou<br />

da mudança da norma, a retórica do discurso<br />

homogeneizador apela emocionalmente para o<br />

racional. Não era de se estranhar a total falta de<br />

eficácia na comunicação motivacional: já não<br />

havia mais empatia, muito menos credibilidade.<br />

As informações ascendiam na organização<br />

somente quando havia pedido expresso de<br />

algumas áreas. E mesmo assim essa ascensão de<br />

informações se limita ao uso de correspondências<br />

oficiais internas. Ou a relatórios de auditoria.<br />

O BIP e outros veículos (pesquisa feita á<br />

época sobre o uso do videocassete nas<br />

dependências confirmava isso) sofriam ainda outra<br />

barreira na estrutura hierarquizada da<br />

organização, que constantemente escondia,<br />

sonegava as informações. Chefes partidários da<br />

ideia de que "quem detém as informações, detém<br />

o poder" emperravam o processo comunicativo<br />

escondendo literalmente os veículos (edições do<br />

BIP, fitas de vídeo, cartas-circulares, etc.),<br />

filtrando as informações para expressarem maior<br />

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