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Comunicação Interna e Cultura Organizacional

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Desde que era aprovado no concurso, o<br />

funcionário passava a ser visto como patrimônio<br />

da empresa - o seu maior patrimônio, como<br />

pregava o discurso institucional -, suas atitudes<br />

eram extensões das atitudes organizacionais. A<br />

empresa emprestava ao funcionário a sua<br />

grandeza, o seu status, mas exigia atitudes<br />

compatíveis. Impunha uma linha de conduta que<br />

devia ser cumprida. O não cumprimento, mesmo<br />

que parcial, podia ser "passível de exame sob o<br />

aspecto disciplinar" (vide capítulo 2).<br />

A formalidade revelou-se outro traço<br />

significativo numa empresa burocrática,<br />

hierárquica, onde havia normas para tudo. Na<br />

Organização B, a velha máxima de que "vale o<br />

que está escrito" ainda imperava, apesar dos<br />

esforços recentes que visavam desemperrar a<br />

máquina administrativa e operacional e torná-la<br />

suficientemente ágil para os desafios da mudança.<br />

A observação participante, em todas as<br />

dependências pesquisadas, detectou o caráter<br />

formal que envolvia os relacionamentos entre<br />

funcionários e entre estes e a clientela. Embora,<br />

às vezes, o relacionamento pudesse parecer<br />

informal, descontraído, via-se por trás toda uma<br />

estrutura formal a reger as atitudes e as tomadas<br />

de decisão. O próprio pesquisador, ao iniciar suas<br />

observações nas dependências da Organização B,<br />

deparou-se com a força desse valor.<br />

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