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Comunicação Interna e Cultura Organizacional

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eduzir as racionalizações próprias da resistência<br />

cultural.<br />

A corrente dos interacionistas-simbólicos,<br />

que engloba antropólogos de vários matizes, como<br />

Cliford Geertz, Levi-Strauss e Leach, entende a<br />

cultura como linguagem, como conjunto de signos<br />

e códigos comunicativos. Para esses autores, a<br />

comunicação surge como elemento vital nos<br />

processos de construção, fortalecimento,<br />

transmissão e mudanças culturais.<br />

Também Lotman (1989), ao definir cultura<br />

como rede de signos e significados que expressam<br />

e ocultam as intrincadas relações corporativas, e<br />

como sistemas semióticos ordenados de<br />

comunicação, atribui um papel relevante à<br />

memória como instância ordenadora.<br />

Daí deduz-se que, a depender do ponto de<br />

vista e até mesmo das motivações ideológicas do<br />

pesquisador, as mudanças culturais ora podem ser<br />

provocadas pelos gerentes e líderes, ora podem<br />

resultar de um processo natural de acomodação e<br />

de adaptação às mudanças ambientais. O fato é<br />

que mudança, seja estrutural, gerencial ou<br />

cultural, é algo extremamente complexo, e que só<br />

se desencadeia quando os indivíduos envolvidos<br />

no processo realmente a percebem como<br />

necessária e a querem. É fato, também, que é um<br />

processo muitas vezes lento, quase imperceptível,<br />

em razão mesmo das resistências muitas vezes<br />

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