Comunicação Interna e Cultura Organizacional
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"No dia da posse, esperei mais ou menos uma<br />
hora até a chegada do chefe. Ele chegou, mal<br />
me olhou, apenas disse: mais um, que bom! Fui<br />
informado que iria trabalhar de digitador na<br />
gravação, a secretária me encaminhou para lá,<br />
outro chefe me recebeu, me apresentou<br />
sumariamente aos outros funcionários que mal<br />
responderam. Sentaram-me em frente a um<br />
terminal, deram-me um manual de instruções<br />
para operá-lo. Uma pilha de cheques furados<br />
para brincar com eles. E só. Dois anos depois,<br />
me ofereceram a possibilidade de fazer o curso<br />
de introdução aa Organização B. Achei que<br />
estavam brincando comigo.”<br />
Funcionário do Centro de Processamento, cinco<br />
anos de organização.<br />
Com a racionalização, a empresa parecia<br />
perder muito de seu poder de sedução, mas<br />
reafirmava seu poder mediador de dar e exigir.<br />
Desde o início o funcionário aprendia que nada era<br />
gratuito, e que seria necessário provar<br />
diariamente seu valor e sua capacidade.<br />
Enfim, como afirma Fleury (1989,23): "os<br />
rituais de socialização desempenham ao mesmo<br />
tempo o papel de inclusão do indivíduo ao grupo e<br />
delimitação do processo de exclusão dos demais".<br />
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