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Comunicação Interna e Cultura Organizacional

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Cenas de choro, desânimo, tristeza, medo e<br />

ansiedade relatadas por funcionários e gerentes. O<br />

prazo curto para adesão praticamente inviabilizou<br />

reações organizadas. Os sindicatos não<br />

conseguiam sair da dúvida em se atacavam o<br />

plano e inviabilizavam sua implementação ou se o<br />

aceitavam e buscavam extrair mais vantagens<br />

para os funcionários. O ambiente interno, atônito,<br />

não oferecia opções para manifestações, greves<br />

ou outra forma de pressão. Os sindicatos e os<br />

funcionários contrários ao plano passaram então a<br />

relatar à imprensa e à classe política as mazelas<br />

do funcionalismo. Notas sobre suicídios<br />

supostamente motivados pelas pressões e relatos<br />

de perseguições internas começaram a aparecer<br />

na grande imprensa. O País acompanhava, atento,<br />

ao que se passava numa de suas mais tradicionais<br />

organizações.<br />

<strong>Interna</strong>mente, um esforço integrado de<br />

comunicação como nunca antes realizado<br />

trabalhava com o principal componente do<br />

processo: a informação. As várias edições do<br />

boletim eletrônico Extra, criado exclusivamente<br />

para a ocasião, batiam recordes e mais recordes<br />

de acesso em computador e em meio impresso. O<br />

boletim do representante dos funcionários no<br />

conselho de administração, transmitido da mesma<br />

forma, perdia espaço à medida que os funcionários<br />

pediam informação e recebiam apenas discurso de<br />

seus porta-vozes. A informação virou monopólio<br />

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