Comunicação Interna e Cultura Organizacional
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Organização B com a sociedade e para a<br />
integração dos funcionários nas comunidades"<br />
(DIREC, 1987, p. 25).<br />
Como vimos, a organização conhecia<br />
apenas uma faceta das múltiplas que constituem a<br />
sua cultura. Ao privilegiar uma única corrente<br />
conceitual, encobria toda uma rede de símbolos e<br />
significados capazes de trazer à tona o ethos<br />
multifacetado da organização. Percebemos, nessa<br />
postura, uma preocupação de mascarar a<br />
existência de conflitos. Evitá-los parecia ser a<br />
maneira mais econômica de superá-los. Dava-se a<br />
entender que o simples incremento motivacional,<br />
a busca incessante do consenso, do engajamento,<br />
da cooperação, na melhor tradição da Escola de<br />
Relações Humanas, seria capaz de limpar a<br />
organização de conflitos que poriam em risco sua<br />
existência.<br />
Para isso, a Empresa criou, por intermédio<br />
dos meios de comunicação interna, o que Etizioni<br />
chamou de "quadro irreal de felicidade", ao<br />
conceber a organização como uma família ideal,<br />
onde não havia a luta de poder entre grupos com<br />
valores e interesses conflitantes (ETIZIONI, 1980,<br />
p. 70).<br />
Nesse contexto, a comunicação da empresa<br />
procurou passar essas novas posturas, via apelos<br />
mais ou menos diretos, como "a responsabilidade<br />
histórica e social do funcionalismo da Organização<br />
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