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Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...

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Nas releituras das crianças, as pesquisadoras também observaram<br />

diferentes comportamentos infantis: a criança mostra a coleção toda e a relê como<br />

“isto”; ou mostra o texto todo quando lhe é perguntado on<strong>de</strong>, no seu texto, se po<strong>de</strong><br />

ler bola ou on<strong>de</strong>, no seu texto, se po<strong>de</strong> ler cinco.<br />

As referidas autoras i<strong>de</strong>ntificam que a criança, ao explicar seu texto,<br />

apresenta a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a notação representa a coleção inteira enquanto coleção,<br />

e não as palavras empregadas para <strong>de</strong>screvê-la.<br />

Observam ainda que algumas crianças, para explicar sua notação, mostram<br />

que cada grafia correspon<strong>de</strong> a um objeto. Não rara as vezes elas <strong>de</strong>slocam o<br />

objeto e o alinham próximo à grafia produzida.<br />

Para Sinclair, Mello e Siegrist (1990), o <strong>de</strong>sejo da criança em realizar uma<br />

correspondência é evi<strong>de</strong>nte. Porém, as crianças menores não percebem os seus<br />

erros e, mesmo instigadas pelo experimentador, não os corrigem.<br />

Com crianças maiores, <strong>de</strong> aproximadamente cinco anos, os erros na<br />

correspondência termo a termo são menores, e estes, ao serem percebidos, são<br />

corrigidos.<br />

Além <strong>de</strong>sses três tipos evolutivos <strong>de</strong> notação, Sinclair, Mello e Siegrist<br />

(1990) i<strong>de</strong>ntificaram ainda outros três:<br />

- A notação 4, <strong>de</strong> aparecimento dos algarismos, tipo notacional muito<br />

parecido com as notações do tipo 3, no sentido <strong>de</strong> que cada grafia escrita<br />

correspon<strong>de</strong> a um dos objetos da coleção, ou seja, há o mesmo número <strong>de</strong> grafias<br />

que <strong>de</strong> objetos. Porém, nessa etapa, as formas empregadas na notação são<br />

algarismos ou uma aproximação <strong>de</strong>stes.<br />

Segundo Sinclair, Mello e Siegrist (1990), é possível verificar notações <strong>de</strong><br />

algarismos ao contrário, como <strong>de</strong> 5 parecido com S. Assim, um comportamento<br />

marcante, neste momento, é <strong>de</strong> que as grafias aparecem alinhadas e or<strong>de</strong>nadas:<br />

o 1 é sempre a primeira grafia e vem acompanhado do 2, ou seja, a sequência dos<br />

algarismos é sempre escrita corretamente e a or<strong>de</strong>m é vista como não permutável.<br />

Desse modo, uma mesma grafia po<strong>de</strong> representar diferentes tipos <strong>de</strong> objetos. As<br />

notações são, na maioria das vezes, corretas.<br />

Explicando ainda a notação do tipo 4, a criança escreve os algarismos do 1<br />

ao 5 para representar cinco objetos, não acrescenta outras marcas para indicar o<br />

nome dos objetos da coleção representada. Se um objeto da coleção é retirado, a<br />

criança produz outra notação.<br />

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