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Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...

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Explicita Nóvoa (1997, p. 26) que “o diálogo entre os professores é<br />

fundamental para consolidar saberes emergentes da prática profissional, [...]<br />

passa pela produção <strong>de</strong> saberes e <strong>de</strong> valores que <strong>de</strong>em corpo a um exercício<br />

autônomo da profissão docente.” Nessa perspectiva, a formação continuada <strong>de</strong>ve<br />

ser organizada em torno <strong>de</strong> dimensões coletivas.<br />

Para Garcia (1997), as proposições relacionadas ao o quê, ao como e ao<br />

quando ensinar estão vinculadas a uma concepção <strong>de</strong> professor e <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

docente. Ele <strong>de</strong>staca que a própria formação do professor não po<strong>de</strong> ser vista<br />

como um conceito unívoco, e que é preciso consi<strong>de</strong>rar <strong>de</strong>terminadas posições<br />

epistemológicas, i<strong>de</strong>ológicas e culturais relacionadas ao professor, ao ensino e ao<br />

aluno.<br />

Para esse autor, a formação <strong>de</strong> professores <strong>de</strong>ve possibilitar a reflexão e a<br />

tomada <strong>de</strong> consciência das questões sociais, i<strong>de</strong>ológicas e culturais que<br />

permeiam o contexto educacional. E a tomada <strong>de</strong> consciência aqui tem sentido<br />

diverso ao que preconiza Piaget sobre esse construto, que está relacionado ao<br />

processo psicológico do sujeito. Ou seja, Garcia (1997) refere-se aos aspectos<br />

sociais e políticos da formação do professor, vincula a formação do professor a<br />

uma concepção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissional. Para ele, “a noção <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento tem uma conotação <strong>de</strong> evolução e <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>” (GARCIA,<br />

1997, p. 55) que, <strong>de</strong> certo modo, supera a justaposição entre formação inicial e<br />

formação permanente. Ainda ressalta que o conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

profissional do professor implica na valorização <strong>de</strong> aspectos do contexto, <strong>de</strong><br />

organização e orientação para mudança.<br />

Para Garcia (1997), a indagação-reflexão constitui um princípio básico na<br />

formação do professor porque a consi<strong>de</strong>ra uma estratégia reflexiva que possibilita<br />

a tomada <strong>de</strong> consciência dos problemas relacionados à prática <strong>de</strong> ensino. Esse<br />

autor sugere que o conhecimento do conteúdo pedagógico pelo professor, do<br />

ponto <strong>de</strong> vista didático, é o mais importante, uma vez que o conhecimento da<br />

matéria (conteúdo) e o conhecimento da maneira <strong>de</strong> ensinar se complementam.<br />

Seus estudos sinalizam algumas conclusões sobre a formação permanente<br />

dos professores na perspectiva do <strong>de</strong>senvolvimento profissional, a saber: as<br />

concepções que o professor tem sobre o ensino influenciam no seu modo <strong>de</strong><br />

ensinar; a flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensamento po<strong>de</strong> auxiliar o professor na incorporação<br />

<strong>de</strong> novas aprendizagens, melhorando o seu repertório pessoal.<br />

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