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Ida Regina Moro Milléo de Mendonça - Programa de Pós ...

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O quinto momento, da representação do termo resto, sem tomada <strong>de</strong><br />

consciência da relação <strong>de</strong>ste com os outros termos da divisão. Observaram que a<br />

criança, ao ser provocada pelo examinador, justificou sua resposta <strong>de</strong> forma mais<br />

elaborada, em relação à justificativa apresentada no momento anterior.<br />

Todavia, i<strong>de</strong>ntificaram que a provocação do examinador não possibilitou a<br />

tomada <strong>de</strong> consciência <strong>de</strong> que o último elemento representado graficamente,<br />

nesse caso o resto, é parte integrante do todo da divisão.<br />

Concluem as autoras que as intervenções do examinador a partir das<br />

respostas da criança não foram suficientes para provocar a tomada <strong>de</strong> consciência<br />

do conceito <strong>de</strong> divisão, e ainda que o conflito cognitivo possibilitador da tomada <strong>de</strong><br />

consciência não proporcionou a construção e a reelaboração <strong>de</strong> novos esquemas<br />

que ajudariam a criança a lidar com o dado novo.<br />

Por fim, Ferreira e Lautert (2003) i<strong>de</strong>ntificaram que a criança não atingiu o<br />

grau superior <strong>de</strong>ssa tomada <strong>de</strong> consciência, pois não percebeu que o conceito <strong>de</strong><br />

divisão está relacionado à i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> totalida<strong>de</strong> e inter<strong>de</strong>pendência entre os seus<br />

termos. Entretanto, consi<strong>de</strong>raram que os referentes presentes na linguagem do<br />

examinador possibilitaram a elaboração <strong>de</strong> diferentes graus <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong><br />

consciência pela criança.<br />

O estudo <strong>de</strong> Silva e Valente (2008) buscou analisar a tomada <strong>de</strong><br />

consciência <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> oito a <strong>de</strong>zessete anos no jogo <strong>de</strong> xadrez. Assim, com<br />

base nas justificativas dos participantes, as jogadas foram classificadas quanto ao<br />

grau <strong>de</strong> conceituação por eles apresentado.<br />

Verificaram os autores que os processos cognitivos <strong>de</strong> interiorização (P-C)<br />

e <strong>de</strong> exteriorização (P-C’) que caracterizam a tomada <strong>de</strong> consciência estão<br />

presentes na partida do jogo <strong>de</strong> xadrez e, <strong>de</strong> certa forma, explicam as razões do<br />

êxito e do fracasso.<br />

Os autores perceberam que os participantes mais velhos levaram mais<br />

tempo em cada jogada, em relação aos participantes mais jovens, e consi<strong>de</strong>raram<br />

esse procedimento como um indicativo <strong>de</strong> que os primeiros estabeleceram mais<br />

relações antes <strong>de</strong> efetuar cada lance <strong>de</strong> jogo, mesmo no caso <strong>de</strong> conceituação<br />

ina<strong>de</strong>quada.<br />

Silva e Valente (2008) observaram que, entre os participantes mais velhos,<br />

ocorreu um aumento <strong>de</strong> conceituação <strong>de</strong> tipo a<strong>de</strong>quada e uma diminuição <strong>de</strong><br />

conceituação <strong>de</strong> tipo ina<strong>de</strong>quada. Nesse caso, i<strong>de</strong>ntificaram a presença <strong>de</strong><br />

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